Acessar o conteúdo principal
Tailândia

Cerca de 100 mil manifestantes pedem demissão do primeiro-ministro tailandês

Os representantes do movimento camisas vermelhas, partidários do premiê deposto Thaksin Shinawatra, enviaram um ultimato ao primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva. A oposição exige que ele deixe o poder, pede a dissolução do Parlamento e a realização de novas eleições. Cerca de 50 mil soldados e policiais foram destacados para fazer a segurança.

Manifestação dos camisas vermelhas, partidários do ex-primeiro ministro Thaksin Shinawatra
Manifestação dos camisas vermelhas, partidários do ex-primeiro ministro Thaksin Shinawatra Foto: REUTERS/Chaiwat Subprasom
Publicidade

Cerca de 100 mil representantes do movimento camisas vermelhas, partidários do ex-primeiro ministro exilado Thaksin Shinawatra, tomaram conta do centro de Bangkok neste domingo para pedir a demissão do atual chefe de governo, Abhisit Vejjajiva, a dissolução do Parlamento e a realização de novas eleições. Os manifestantes, de várias partes do país, começaram a chegar à capital na sexta-feira, e prometeram, nesta segunda-feira, realizar uma marcha até a base militar instalada pelo governo a cerca de 20 quilômetros do centro, onde o atual premiê está escondido. De acordo com o líder dos camisas vermelhas, Veera Musikapong, chefe do UDD, a Frente Unida pela Democracia e contra a ditadura, o movimento vai exercer mais pressão sobre o governo a partir de agora.
A passeata acontece cerca de duas semanas depois do governo ter decretado o confisco da metade da fortuna de Thaksin, condenado pela Justiça por abuso de poder na época em que governou o país, entre 2001 e 2006, até ser destituído por um golpe de estado. A elite tailandesa, representada pelos camisas amarelas, considera Thaksin “perigoso” e critica seu populismo. Para os camisas amarelas, o ex premiê também é uma ameaça à monarquia. Thaksin prometeu que fará um pronunciamento aos seus partidários no fim do dia.
Vejjajiva, entretanto, eleito no fim de 2008, reafirmou sua intenção de continuar no poder. “Tenho o direito de terminar meu mandato porque fui eleito no Parlamento como os outros primeiros ministros”, disse. Ele afirmou que o governo não pretende impeder a manifestação, mas cerca de 50 mil soldados e policiais foram mobilizados para garantir a segurança da capital.
 

Tensões reincidentes
 

Desde 2006, a Tailândia vive tensões políticas internas. Em abril de 2009, duas pessoas morreram em manifestações opondo os camisas amarelas, que tentaram na época derrubar Vejjajiva, e o grupo rival, os camisas vermelhas, pró-governo, partidários do rei e apoiados pela elite tailandesa. O governo chegou a decretar estado de emergência.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.