União Europeia pede a Israel que pare de impedir esforços para acordo de paz
O apelo foi feito um dia antes da chegada à região da alta representante da União Europeia para Relações Exteriores e Segurança, Catherine Ashton, e quatro dias após o governo de Israel ter anunciado a construção de novas casas em assentamentos judaicos. Os EUA também já haviam criticado a decisão, anunciada em meio à nova ofensiva diplomática para relançar as negociações de paz.
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Aumenta a pressão internacional contra a construção de novos assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental. Neste sábado, a União Europeia pediu que Israel parasse de impedir os esforços para um acordo de paz com os palestinos.
O apelo foi feito um dia antes da chegada à região da alta representante da União Europeia para Relações Exteriores e Segurança, Catherine Ashton, e quatro dias após o governo de Israel ter anunciado a construção de novas casas em assentamentos judaicos.
Seguindo a condenação que já havia sido feita pelos Estados Unidos, Ashton criticou a iniciativa do governo israelense e disse, neste sábado, durante reunião com ministros europeus no norte da Finlândia, considerar "preocupante" que o anúncio tenha sido feito em meio à ofensiva diplomática liderada pelos Estados Unidos para tentar relançar as negociações de paz na região.
Na terça-feira da semana passada, o ministério israelense do Interior anunciou a construção de 1,6 mil novos alojamentos em Ramat Shlomo, um bairro de judeus ortodoxos anexados aos territórios israelenses em 1967, sem o reconhecimento da comunidade internacional.
O anúncio coincidiu com a viagem do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à região, para tentar convencer palestinos e israelenses a voltar à mesa de negociações.
Ontem, a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton já havia aumentado o tom para mostrar o descontentamento com o governo de Israel. Clinton telefonou ao primeiro-ministro Benjamin Netayahu para "deixar claro que os Estados Unidos consideravam o anúncio um sinal profundamente negativo e contrário ao espírito da viagem do vice-presidente Joe Biden”.
Um porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, disse que Clinton "reforçou a ideia de que a iniciativa teria minado a confiança no processo de paz e nos interesses dos Estados Unidos".
O congelamento da construção de novos assentamentos judaicos nos territórios anexados por Israel é uma das principais exigências dos palestinos para a retomada das negociações de paz.
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