Acessar o conteúdo principal
Fato em Foco

De olho nas Paralimpíadas de 2016, velejadores brasileiros competem na Holanda

Publicado em:

De 26 a 30 de maio em Medemblik, na Holanda, acontece a Regata Delta Lloyd, organizada pela Federação Internacional de Vela (ISAF), com a participação de competidores de diversas partes do mundo. A equipe paralímpica do Brasil está presente em três categorias.

Otimista, dupla de velejadores Bruno Landgraf e Marinalva Almeida está na Holanda, competindo no Delta Lloyd.
Otimista, dupla de velejadores Bruno Landgraf e Marinalva Almeida está na Holanda, competindo no Delta Lloyd. José Olimpio
Publicidade

Estar na Holanda competindo na Regata Delta Lloyd tem sido uma experiência muito valiosa para os velejadores brasileiros, que consideram a prova uma preparação para os futuros Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016.

Com o apoio da Confederação Brasileira de Vela Adaptada, três equipes estão em Medemblick, nas classes Skud (Marinalva Almeida e Bruno Landgraf), Sonar (Tui Oliveira, Antonio Marcos Carmo) e 2.4 (Mario Czaschke).

O coordenador Walcles Osório considera a competição muito importante para a parte do treinamento, pois as principais equipes do mundo e os melhores velejadores de cada classe. "Temos que aprender muito com eles e também observar". Sobre a parte psicológica, Walcles pensa que "é muito importante saber que um treino é uma coisa mas na hora da competição temos que estar com o espírito preparado para vencer. Sabemos que eles estão aqui se preparando para nos vencer e a gente tem que se preparar para vencê-los e descobrir o ponto fraco deles, sem mostrar os nossos, essa parte psicológica funciona muito bem em competições de alto nível", diz o coordenador, lembrando que as equipes brasileiras são as mais novas dentro das Paralimpíadas e que a vela paralímpica no Brasil tem uma tradição de poucos anos ainda. "Mas o avanço tem sido grande e vamos forçar para ganhar umas medalhinhas", diz Walcles.

Força de vontade e experiência

Marinalva Almeida faz dupla com Bruno Landgraf na classe Skud 18. Motivada, ela mergulhou de cabeça nesse esporte, chegando a mudar para o Rio para poder treinar na raia oficial. Ela fala sobre a parceria. "Eu sou a proeira do barco, o Bruno é o timoneiro, ou seja, eu levo as velas e o Bruno é o que direciona o barco. Então é assim, a gente precisa estar sempre em sintonia dentro do barco, conversando bastante, passando as informações, para chegar aonde a gente quer chegar. É meio a meio, cada um tem que fazer sua parte para a gente conseguir 100%", observa a atleta.

Marinalva vem treinando há dois anos, e muito intensamente no último ano, "e estar na Holanda está sendo um aprendizado maravilhoso, é muito diferente do clima no Brasil, enfrentando condições em que você não sabe direito como funciona a logística e enfrentando os melhores do mundo. Para mim é muito crescimento, maravilhoso", conta Marinalva, entusiasmada.

Bruno Landgraf também acha que está sendo muito importante participar dessa regata. "A gente teve treinamento desde maio do ano passado até agora, completou um ano, a gente teve bastante trabalho e conseguimos uma evolução, então, participando desses campeonatos a gente consegue ter um parâmetro do que a gente tem que melhorar e tem que acrescentar nos treinamentos para chegar aos Jogos bem", reflete o velejador.

Sobre os outros países concorrentes, Bruno lembra que têm uma vasta experiência. "Mas tudo isso está sendo bom porque chegando no Brasil a gente tem que mudar muita coisa que foi feita tanto aqui, de errado, para melhorar, quanto na questão do treinamento", fala Bruno, constatando que ainda têm um ano para melhorar.

Otimismo "de vento em popa"

Pedro Paulo Franca, técnico das equipes brasileiras, acha fundamental velejarem com outros barcos. "A gente precisa treinar bastante e também participar desses eventos. No Rio a gente treina praticamente sozinho, às vezes vem uma equipe estrangeira para treinar junto. Esse campeonato aqui na Holanda está sendo bom para dar experiência de muitos barcos, são 18 barcos nessa regata", observa Pedro Paulo.

Uma boa notícia para nossos atletas é que na parte de vento em popa, checando com outros barcos, são os mais rápidos da raia. A regata tem dois tipos de vento: contra-vento e vento em popa.

O técnico finaliza com a confirmação de que entre os esportistas o clima é de otimismo  confiança. E como diz Marinalva, os treinos estão muito intensivos e o objetivo é estar entre os melhores. "A gente tá buscando... com faca nos dentes para conseguir melhorar a qualidade da vela brasileira".

 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.