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França cai para 6° lugar no ranking das potências mundiais

A França não é mais a quinta potência econômica mundial, depois de ser ultrapassada em 2014 pelo Reino Unido. O assunto é manchete no caderno de economia do Le Figaro. O jornal afirma que os franceses "podem se sentir com o orgulho ferido".

O ministro francês da Economia, Emmanuel Macron
O ministro francês da Economia, Emmanuel Macron REUTERS/Charles Platiau
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Na semana passada, o presidente François Hollande ainda dizia que os franceses podiam se orgulhar do lugar ocupado pelo país entre as grandes potências. O discurso otimista traiu mais uma vez o socialista. Pelos cálculos da Comissão Europeia, publicados hoje no Le Figaro, o PIB do Reino Unido chegou a 2,232 trilhões de euros no ano passado, contra 2,134 trilhões para a França, ou seja, uma diferença de 98 bilhões a favor dos britânicos. No ano anterior, em 2013, a França tinha uma vantagem praticamente idêntica, com um saldo positivo do PIB de 97 bilhões em relação ao Reino Unido.

Le Figaro atribui o revés francês a três fatores. O Reino Unido teve crescimento econômico de 3% no ano passado, inflação de 1,5% e ainda se beneficiou da revalorização de 5,4% da libra esterlina. Outro dado curioso é que o PIB britânico de 2014 incluiu atividades ligadas à prostituição e às drogas, após uma reforma no método de cálculo adotada em 2013.

O ranking consolidado da Comissão Europeia será publicado dentro de algumas semanas, mas Le Figaro não tem dúvidas de que o balanço preliminar será confirmado.

Em longa entrevista ao jornal Les Echos, o ministro francês da Economia, Emmanuel Macron, diz que 2015 será o ano da guinada econômica na França e na Europa. Macron pede aos investidores para apostar na França, lembra que a Alemanha tem uma responsabilidade conjunta de ajudar na recuperação do bloco e diz que o lugar da Grécia é na zona do euro.

China acelera investimentos

Le Figaro destaca que a China decidiu investir mais de US$ 1 trilhão em 2015 em projetos de infraestrutura. Para sustentar o crescimento este ano, os chineses decidiram antecipar investimentos em 400 projetos: construção e renovação de ferrovias, rodovias e instalações aeroportuárias. Pequim vai ganhar um terceiro aeroporto até 2019. O economista Ye Tan diz ao Figaro que esses investimentos visam garantir a estabilidade social na China, oferecendo empregos à população.
 

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