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Saúde em dia

Profissionais em campo falam das dificuldades de tratar o ebola

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As contaminações pelo ebola crescem em números exponenciais. Em Serra Leoa, um dos três países mais afetados pela febre hemorrágica, ao lado da Libéria e Guiné, cerca de cinco pessoas por hora são infectadas pelo vírus do ebola. A cada 20 dias, o número de pessoas atingidas dobra. Em campo, os especialistas lutam contra a falta de pessoal capacitado, de leitos e de materiais de proteção descartáveis, que são utilizados em quantidade massiva, como conta a médica Margaret Harris, porta-voz da Organização Mundial da Saúde em Serra Leoa.

Pessoas recebem ajuda humanitária em Serra Leoa, um dos países mais afetados pelo ebola.
Pessoas recebem ajuda humanitária em Serra Leoa, um dos países mais afetados pelo ebola. REUTERS/Josephus Olu-Mamma
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“Precisamos de leitos, de pessoas capacitadas para usar os equipamentos de segurança e tratar dos doentes, além de suprimentos e material descartável – tudo isso, claro, custa dinheiro, e vamos precisar de fundos”, diz Margaret Harris.

É uma corrida contra o relógio. O Canadá está disponibilizando vacinas experimentais para a OMS. Eficazes em chimpanzés, a dra Harris conta que a droga será testada em humanos nos Estados Unidos e Europa.

O médico Luiz Loures, diretor-executivo adjunto da Unaids e secretário-geral assistente da OMS, integra a comissão da OMS de combate ao ebola. Ele explica que, por causa da emergência do ebola, o uso de tecnologia experimental está sendo tratado com mais flexibilidade.

Efeitos colaterais

Loures alerta ainda que a mobilização do ebola nos três países da África prejudicou também outros setores da saúde local, como os tratamentos para a Aids, para gestantes e crianças. Ele cita ainda o efeito secundário na economia do país, até recentemente uma das economias mais promissores da África.

Jois Ortega, médica infectologista, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas – Fiocruz, explica que o Brasil não dispõe de tratamentos experimentais. “Caso haja alguma confirmação, o paciente terá um tratamento de suporte, como preconiza a OMS”. Ela lembra que outras doenças virais, como a dengue e a malaria, com muita incidência no Brasil, não têm tratamento específico, mas seguem um protocolo de suporte à vida que pode salvar o paciente.

 

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