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Imprensa

Perda da maioria no Senado é mais uma derrota para os socialistas franceses

A conquista da maioria do Senado francês pela direita domina as capas dos jornais na manhã desta segunda-feira (29). E, como era de se esperar, o jornal conservador Le Figaro é o que dá mais destaque para o resultado da eleição.

Capa dos jornais franceses Le Figaro, Aujourd'hui en France, Le Monde e le dauphiné desta segunda-feira, 29 de setembro de 2014.
Capa dos jornais franceses Le Figaro, Aujourd'hui en France, Le Monde e le dauphiné desta segunda-feira, 29 de setembro de 2014.
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"Mais uma derrota para a esquerda". Esse é a manchete do Figaro desta segunda-feira. Para os caciques do UMP, partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy, essa volta da maioria da direita mostra a rejeição à política do presidente socialista François Hollande. Vale lembrar que os senadores franceses são eleitos pelo voto indireto. Ou seja, um colégio eleitoral formado por políticos eleitos regionalmente como prefeitos, vereadores etc. O Senado francês tem 348 assentos. E, desse total, 147 membros são do UMP e 115 do Partido Socialista. Os demais assentos são divididos entre os ecologistas, representantes do centro, da extrema-esquerda e a Frente Nacional

Frente Nacional entra no Senado francês

Pela primeira vez, o partido de extrema-direita de Marine Le Pen conseguiu eleger dois senadores. Para o Figaro, esse resultado da Frente Nacional foi “impressionante”.

Esse também é o diagnóstico do Aujourd'hui en France. Para o jornal, o partido conseguiu ampliar a sua base eleitoral, especialmente no interior da França. Logo após o anúncio dos resultados, os dois senadores eleitos da Frente Nacional apresentaram praticamente o mesmo discurso. "Agora, só falta o Eliseu", disseram, em alusão ao sede da presidência. 

Perda da maioria no Senado vai afetar governo socialista

Na avaliação do Aujourd'hui en France, essa nova composição da casa vai fazer com que o governo tenha mais dificuldade para fazer cumprir promessas feitas durante a campanha à presidência de François Hollande, como dar direito de voto aos estrangeiros que moram no país.

Essa reforma necessitaria de uma emenda constitucional. Mas, para conseguir fazer uma emenda, o governo precisaria ter dois terços dos votos na Câmara dos Deputados e no Senado. Ou seja, essa promessa de campanha deve ser abandonada.

Para o jornal La Croix, os novos eleitos do Senado terão a missão de tentar mudar também a imagem que os franceses têm da casa. Os senadores são vistos como uma classe de privilegiados, distante da população. Uma pesquisa feita ontem revela, aliás, que 65% dos franceses não têm nenhum interesse pelas eleições no Senado e que pelo menos metade dos franceses pensa que o papel dos senadores é muito limitado.

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