Governo da Guiné confirma 109 casos de ebola desde janeiro

A Guiné, que enfrenta uma grande epidemia de febre hemorrágica, já registrou 109 casos confirmados, entre eles, 61 mortes, causadas pelo vírus ebola. O anúncio foi feito neste sábado (19) pelo governo do país, baseado em um estudo dirigido por especialistas guineenses e estrangeiros.

Médico faz análise de sangue em laboratório europeu móvel em Gueckedou, na Guiné, em abril de 2014. Reuters/Misha Hussain

De janeiro a abril de 2014, cientistas confirmaram os casos através da realização de testes biológicos. O porta-voz do governo, o ministro Damantang Albert Camara, anunciou o balanço dos doentes e mortos neste sábado, informando as regiões mais afetadas no país: Gueckedou, no sul, registrou 34 mortes sobre 58 casos confirmados. Em Conacri, na capital, dos 36 casos confirmados, 15 pessoas morreram.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acompanha a situação de perto no país, temendo que uma epidemia se alastre além das fronteiras. A OMS registrou  um número ligeiramente menor do que o divulgado pelo governo guineense - 101 casos de febre Ebola ( com 56 óbitos) confirmados por análises de laboratório.

Esses casos fazem parte de um total de 197 casos de febre hemorrágica (com 122 mortes) registrados desde janeiro na África, indica a OMS.

Desafio

O vírus já se propagou para a Libéria. O país já registrou 13 mortes entre 27 casos de febre hemorrágica. Não há nenhum tratamento ou vacina contra a febre ebola e o único meio de evitar uma epidemia é isolar os doentes.

O vírus ebola se transmite pelo contato direto com o sangue, os líquidos biológicos ou os tecidos dos infectados, sejam humanos ou animais, vivos ou mortos. Por este motivo, diversas campanhas recomendam aos civis que não manipulem ou toquem animais mortos, prática comum nas áreas de grande pobreza.