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França/Política

Coletiva de imprensa vai ser prova de fogo pessoal e política para Hollande

Diante de 500 jornalistas do mundo inteiro, o presidente francês François Hollande vai dar nesta terça-feira (14) a terceira coletiva de imprensa do seu quinquênio. O contexto não é dos mais favoráveis. Em queda de popularidade, Hollande também enfrenta a polêmica causada pelas revelações do seu caso com uma atriz.

O presidente francês François Hollande vai dar sua coletiva anual no Palácio do Eliseu nesta terça-feira, 14 de janeiro de 2014.
O presidente francês François Hollande vai dar sua coletiva anual no Palácio do Eliseu nesta terça-feira, 14 de janeiro de 2014. Reuters/Philippe Wojazer
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Na coletiva de imprensa de hoje, o presidente vai ter que lidar com questões sensíveis, tanto no plano pessoal quanto no plano político.

Certamente ele vai ter que se explicar sobre o romance com a atriz Julie Gayet, assim como sobre a hospitalização da primeira-dama Valérie Trierweiller. A identidade do proprietário do apartamento frequentado pelos pombinhos também vem sendo questionada pelas mídias, enfim, um verdadeiro imbróglio para o presidente

Pacto, desemprego, guerra...

Do coração para a política, o Pacto de Responsabilidade proposto às empresas deve ser um dos temas centrais da coletiva. Anunciado em 31 de dezembro passado, os objetivos e benefícios da medida ainda não estão claros e os sindicatos se interrogam se não vai, finalmente, favorecer o patronato.

O tipo de socialismo praticado por Hollande também deve ser questionado, pois hoje ele é visto mais como um socialista liberal do que um socialista tradicional. Pacto de responsabilidade, reforma das aposentadorias que fazem as empresas economizar, crédito de imposto para a competitividade.... Anúncios sintomáticos de um caminho mais liberal que se distancia do socialismo clássico.

A promessa de "inverter a curva do desemprego", carro-chefe de sua campanha presidencial, ainda não foi cumprida.Vai ser difícil o chefe de estado continuar batendo na mesma tecla.

Finalmente, as centenas de jornalistas presentes devem perguntar a quantas anda a intervenção da França na República Centro-Africana, um mês depois da chegada das tropas militares ao país, mergulhada no caos desde a demissão do presidente Michel Djotodia. Há rumores de que o governo francês já estaria preparando um plano B.

Resumindo, esta terceira coletiva de imprensa do seu mandato será com certeza uma verdadeira prova de fogo para François Hollande.
 

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