Os técnicos da usina de Fukushima estão em alerta máximo e se preparam para iniciar uma operação que preocupa os japoneses e a comunidade internacional. Eles vão retirar as barras de combustível de um dos reatores. Claudia Sarmento, correspondente em Tóquio, fala sobre os perigos envolvidos e comenta a situação da central nuclear.
“A retirada das barras é uma operação de alto risco”, explica Cláudia. Mais de 1500 barras ou varetas vão ser retiradas da piscina onde está o reator número 4 e transferidas para um outro prédio, mais seguro. Esse reator não foi danificado no terremoto de 11 de março de 2011, que levou à tragédia do tsunami e, consequentemente, ao acidente nuclear. Mas o prédio onde o reator fica sofreu rachaduras.
A remoção do combustível é comum em usinas nucleares, mas por causa dos estragos na estrutura de Fukushima a operação enfrenta mais obstáculos. Uma barra não pode encostar na outra e as varetas também não podem ficar superaquecidas. Se isso ocorrer, pode haver uma explosão com grande liberação de radiação. As barras serão removidas e transportadas para outro compartimento por máquinas especiais.
Boatos apocalípticos
A correspondente em Tóquio conta que nos últimos dias, rumores apocalípticos se espalham pelas redes sociais, alertando sobre a possibilidade de mais uma catástrofe em Fukushima. Mas, o que os cientistas explicam é que essa retirada do combustível é só o primeiro passo para a desativação total da usina. Para fechar Fukushima definitivamente, esse tipo de operação precisa ser feita e é um processo muito longo.
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