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Rejeição ao governo Hollande atinge ponto de ruptura

Os jornais de hoje destacam o desgaste do governo do presidente francês, François Hollande, vaiado ontem por manifestantes em duas cerimônias oficiais, em Paris e na cidade de Oyonnax (leste). A imprensa comenta ainda a situação dramática dos sobreviventes do tufão Haiyan, nas Filipinas.

Capa do jornal francês Le Figaro desta terça-feira, 12 de novembro de 2013
Capa do jornal francês Le Figaro desta terça-feira, 12 de novembro de 2013 figaro.fr
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A rejeição dos franceses ao governo de François Hollande ultrapassou uma barreira, escreve o diário conservador Le Figaro. As vaias contra o chefe de Estado, ontem, durante as comemorações do Armistício da Primeira Guerra Mundial demostram uma desconfiança generalizada em relação ao poder.

O jornal diz que apesar de autoridades policiais acusarem a extrema-direita de ter planejado essa espécie de "golpe de estado" contra o presidente socialista, mobilizando manifestantes pelas redes sociais, existe uma revolta social no país que se agrava a cada dia.

O diário econômico Les Echos afirma em sua manchete que a pressão sobre Hollande cresce, com críticas aos aumentos de impostos e um intenso descontentamento social. Porém, o jornal nota em seu editorial que o país atravessa um momento paradoxal, como aconteceu em outras ocasiões no passado.

Pedem ao Estado que reduza a cobrança de impostos e aumente subvenções e ajuda financeira a empresas em perigo, regiões em crise e profissões em dificuldade, sendo que o que o Estado francês precisa é justamente diminuir os gastos públicos. O jornal é taxativo: sem economias, o modelo social francês vai falir.

O Aujourd'hui en France publica entrevista com o deputado Malek Boutih, do Partido Socialista. Ele pede a substituição imediata do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault para salvar o governo Hollande do naufrágio. O parlamentar socialista prevê um agravamento da crise social e política pela ruptura do diálogo entre o governo e a sociedade.

Aujourd'hui en France também aborda a catástrofe nas Filipinas. O jornal estima que a Europa deve ajudar os filipinos a se recuperar da tragédia provocada pelo tufão Haiyan, se possível evitando os erros do passado, isto é, as ongs humanitárias "devem ajudar o país sem desorganizar as estruturas internas filipinas, que devem estar na coordenação geral das ações".
 

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