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Linha Direta

Supremo argentino declara reforma judiciária de Kirchner inconstitucional

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O Supremo Tribunal da Argentina determinou a inconstitucionalidade da reforma do Conselho da Magistratura, o órgão que designa e que remove juízes no país. A reforma do Conselho era a coluna vertebral da polêmica reforma judiciária aprovada pelo Congresso argentino por ordem da presidente Cristina Kirchner. A decisão representa um duro golpe para o governo que pode agora tentar uma jogada ainda mais audaz: reformar a Constituição, caso consiga maioria nas eleições legislativas de outubro.

Supremo Tribunal argentino declara reforma judicial da presidente Cristina Kirchner inconstitucional.
Supremo Tribunal argentino declara reforma judicial da presidente Cristina Kirchner inconstitucional. Wikipédia
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Marcio Resende, correspondente em Buenos Aires

O modelo Kirchner de governo pressupõe o hiperpresidencialismo sem nenhum tipo de limite. Uma espécie de monarquia com aparência de república. O objetivo é parecer que existem poderes, mas só quem tem poderes é o executivo.

O governo já controla o legislativo com uma maioria servil de legisladores. Queria também controlar o poder judiciário, dominando o órgão que designa e destitui juízes: o Conselho da Magistratura. Queria ampliar de 13 para 19 membros e que esses fossem eleitos pelo voto popular. Por isso, o governo dizia que era a "democratização da justiça". Acontece que por trás do título "voto popular", os candidatos a juízes deveriam estar afiliados a um partido político e, portanto, não seriam independentes nem imparciais.

Em seu parecer, os juízes do Supremo Tribunal argentino disseram: "Não é possível que sob a defesa da vontade popular, possa ser desconhecida a ordem jurídica porque nada contraria mais os interesses do povo do que a própria transgressão da Constituição".

Ouça nosso programa Linha Direta para saber mais sobre essa queda de braço histórica entre o executivo e o judiciário argentinos.

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