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Papa Francisco está transformando a Igreja Católica, diz jornal francês

O feriado de Pentecostes na França é a ocasião para a imprensa francesa se voltar para o Vaticano e dedicar uma de suas manchetes ao sucesso do Papa Francisco que em apenas dois meses no cargo conseguiu mudar a imagem e a dinâmica interna da Igreja Católica.

O papa Francisco no dia a missa de seu pontificado
O papa Francisco no dia a missa de seu pontificado AFP PHOTO / FILIPPO MONTEFORTE
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Com a imagem de um sorridente Papa Francisco percorrendo a Praça São Pedro bem próximo da multidão, o jornal Le Figaro escreve em sua manchete que o novo líder dos católicos está transformando a Igreja. Diante de mais de 200 mil fiéis reunidos neste domingo para a missa de Pentecostes, o Santo Padre fez um apelo para que a Igreja Católica não se isole de um plena transformação.

Em duas páginas dedicadas ao Papa Francisco, recheadas de reportagens, entervistas e análises, o Le Figaro constata que sucessor de Bento 16 já rompeu com alguns vícios do Vaticano. Um exemplo é sua insistência em morar com outros religiosos na Casa Santa Marta e não no Palácio exclusivo para os Papas que o argentino Jorge Bergoglio considera austero demais. Com isso, a Cúria Romana é que deve se deslocar até o Papa, o que o jornal vê como um sinal forte de uma mudança de estilo e de relação com a Cúria. Um religioso francês ouvido pelo Le Figaro considera o Papa Francisco determinado e um bom diplomata.

O Dia de Pentecostes, um feriado facultativo na França é a manchete do Aujourd'hui en France. O jornal lembra que a data gerou uma grande confusão no país desde que o governo decidiu transformar esse feriado em um "dia de solidariedade", ou seja, o valor dessa jornada de trabalho alimenta um fundo para ajudar principalmente idosos necessitados. Resultado: a França está dividida em duas, constata o jornal.

Por um lado, os que trabalham e por outro, os que preferem prolongar o final de semana. Ninguém sabe ao certo quais serviços funcionam e outros não, por isso, o Aujourd' hui en France fez um resumo do que abre e fecha nesta segunda-feira. O jornal calcula que em9 anos este "dia de solidariedade" já arrecadou 19 bilhões de euros para o governo investir em programas sociais.

O Libération dedica sua manchete à decisão do governo francês de comprar dos Estados Unidos dois drones, os aviões sem pilotos comandados à distância e usados pelo exército americano em sua guerra secreta contra os terroristas. Ao adquirir dois modelos Reaper, o governo francês diminui seu atraso sob o ponto de vista estratégico mas reabre o debate sobre o uso dessa arma de guerra.

Em editorial, o Libé lembra que esses drones modificaram a arte da guerra mas lançou dúvidas sobre o direito de usar essa arma invisível que invade o espaço aéreo de outros países. Esses aparelhos desenvolvidos pelo Estados Unidos e até o momento só divididos com Israel, são usados como justificativa para a luta contra o terrorismo, mas seus mísseis, lançados de uma sala de controle por terra, têm feito milhares de vítimas civis.

Para o Libé, os países têm o direito de se defender mas esses drones operam livremente porque existe um "vazio jurídico" e, para o jornal, a guerra contra o terror não pode ser a única justificativa para recorrer a essa arma de guerra.
 

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