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Reportagem

Eleição de Marco Feliciano é criticada por Anistia Internacional

Eleição de polêmico deputado, eleito sob protestos para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, mostra lugar do tema na agenda política brasileira. Manifestação de protesto ocorre em Paris neste sábado.

Manifestação contra Marco Feliciano, em Copacabana, no dia 16/03/2013.
Manifestação contra Marco Feliciano, em Copacabana, no dia 16/03/2013. REUTERS/Pilar Olivares
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Colaboração de Mariana Muniz

A eleição do pastor evangélico Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados brasileira, traz à tona o debate sobre o lugar que os direitos humanos ocupam na política do país. Feliciano responde no Supremo Tribunal Federal (STF) a dois inquéritos, um sobre homofobia e outro sobre estelionato e foi eleito sob protestos no último 7 de março. Deputado pelo Partido Social Cristão (PSC) de São Paulo, ele é criticado por declarações racistas e homofóbicas.

Para Atila Roque, diretor da Anistia Internacional Brasil, a chegada de Feliciano à presidência da Comissão de Direitos Humanos é sintomática, deixando claro que as instituições políticas andam em descompasso com a opinião pública.

A eleição do pastor provocou uma série de manifestações populares no Brasil, especialmente nos sites de rede sociais. São petições, abaixo-assinados e reuniões, que mostram a rejeição da comunidade ao fato de alguém com opiniões tão controversas assumir uma comissão responsável por avaliar e investigar denúncias de violações de direitos humanos e votar propostas relativas ao tema.

As manifestações contra Feliciano chegaram até Paris. Neste sábado (23), nas proximidades da embaixada brasileira, ocorre um ato contra a permanência do pastor à frente da Comissão. Organizado pela brasileira Maira Possas, de 25 anos, o evento "Feliciano, dégage", algo como "cai fora, Feliciano", espera reunir cerca de 160 pessoas. "Fiquei indignada e decidi, já que há tantos brasileiros aqui em Paris, fazer uma manifestação também". A marcha contra Feliciano em Paris começa às 14h deste sábado, na Place de la Reine Astrid.
 

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