Governo japonês tenta minimizar consequências negativas de Fukushima
Há dois anos uma tripla tragédia abateu a costa nordeste do Japão: terremoto, tsunami e acidente nuclear. Os principais jornais franceses fazem neste final de semana um balanço sobre a situação nuclear do Japão e o desalento das vítimas. Na segunda-feira, 11 de março, às 14h46, horário japonês, sirenes vão lembrar o momento exato em que um terremoto de nível nove sacudiu o solo oceânico do Pacifico, a algumas dezenas de quilômetros do litoral nordeste.
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O jornal Le Monde lembra que mais de 300 mil pessoas continuam desalojadas. Uma reportagem mostra que os projetos de realojamento estão atrasados. Uma associação alerta para o aumento de anomalias entre menores de 18 anos, mas segundo um médico da região, as consequências para a saúde só serão claras após um período mais longo, como foi em Chernobil, quando os problemas diretamente ligados à radiação foram comprovados quatro a cinco anos após o acidente na Ucrânia, em 1986.
Paralelamente o governo japonês tenta minimizar as consequências, chegando a achar exagerado um relatório da Organização Mundial da Saúde alertando para o aumento de câncer da tireóide entre mulheres da região atingida.
Já o conservador Figaro fala sobre os esforços do governo japonês em relançar a produção de energia nuclear. Desde o acidente, apenas dois dos 50 reatores no país estão em funcionamento. Apesar da desconfiança do público, o novo governo nipônico quer a retomada do setor nuclear, diante das contas salgadas de energia.
O jornal de Libération traz na matéria de capa um balanço sobre a indústria fonográfica, dez anos após quedas nas vendas por causa da revolução digital. O mercado amadurece, mas continua em mutação, diante de novas plataformas digitais. Aujourd’hui em France dá destaque para a tendência dos anúncios de suicídio que se multiplicam nas redes sociais. A polícia francesa implantou um serviço especial de prevenção de suicídios.
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