Caos na Tunísia é destaque da imprensa francesa
“Tunísia teme caos no alto escalão do poder” é a manchete que abre o jornal Le Monde deste final de semana. “Quem governa a Tunísia?” questiona o diário, diante da escalada da tensão política e social no país. Milhares de pessoas foram às ruas na sexta-feira para acompanhar o funeral de Chokri Belaïd, um dos líderes da oposição de esquerda, assassinado na terça.
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A sexta-feira foi também de greve geral que se transformou em protesto gigante contra o partido islâmico no poder, o Ennahda. Partido esse que rejeita a proposta do primeiro-ministro, do próprio Ennahda, para a instauração de um gabinete de tecnocratas apolíticos, para então convocar eleições. O jornal Libération também traz a Tunísia na capa, acrescentando que a população acusa os islâmicos do Ennahda de serem responsáveis pelo clima de violência no país.
Outro destaque do final de semana foi o suado acordo conseguido pelos líderes da União Europeia a respeito do orçamento do período 2014-2020. “Cameron e Merkel impõem a austeridade a Hollande”, diz o conservador Le Figaro. O presidente francês teve de ceder à pressão de Londres e Berlim para reduzir, pela primeira vez, o orçamento do bloco.
Já o tabloide Aujourd’hui em France prioriza, condizendo com o nome, notícias locais, como o lançamento em Paris de um cinema de 1ª classe, mais confortável e mais caro. Outro assunto de capa é a polêmica sobre pratos congelados da marca sueca Findus feitos com carne de cavalo ao invés de carne bovina. Os produtos, à venda há seis meses, foram retirados do mercado francês. O escândalo vem provocando muitas críticas na Grã-Bretanha, que também vendia os pratos 100% carne bovina, onde o consumo de carne de cavalo é tabu.
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