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Imprensa

Tunísia pode entrar em espiral de violência

As repercussões da morte de um líder da oposição na Tunísia e o temor da polícia francesa para a volta de uma onda de violência devido à crise social provocada por demissões de empresas ligadas aos setor automobilístico são alguns dos destaques da imprensa francesa dessa quinta-feira.

Multidões hostis ao regime islamita tunisiano denunciaram nesta quarta-feira (06) o assassinato de um lider da oposição Chokri Belaïd.
Multidões hostis ao regime islamita tunisiano denunciaram nesta quarta-feira (06) o assassinato de um lider da oposição Chokri Belaïd. REUTERS/Anis Mili
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A revolução traída. Assim o Libération resume o sentimento da população da Tunísia após a morte de Chokri Belaid. O assassinato desse líder da oposição anti-islamita reforça o clima de violência que reina no país depois do fim da ditadura.

Em editorial, Libération afirma que o crime é um sinal de alerta para a Tunísia, primeiro país a se libertar de um ditador através da revolta popular. A reação da população à morte de Belaid demonstrou a gravidade da situação e o abismo criado entre os integristas islâmicos e seus opositores.

Libération expressa seu desejo de que a Tunísia, onde começou a chamada primavera árabe, continue como um modelo e não um túmulo para enterrar o movimento que tirou ditadores do poder.

Clima social explosivo

Uma escalada de violência devido ao clima social que se degrada na França é a manchete principal do Le Figaro.
O jornal informa que o governo leva muito a sério os rumores de que sindicalistas de extrema esquerda estão dispostos a mostrar sua força e talvez de maneira violenta na próxima terça-feira, quando a fabricante de pneus Goodyear, em dificuldades financeiras, vai se reunir para tomar decisões sobre o futuro da empresa. A polícia se prepara para um eventual quebra-quebra nas ruas de Paris.

Por isso o Le Figaro considera que a próxima terça-feira será um teste para o ministro do Interior, Manuel Valls.

Ricos

Uma reportagem do jornal Les Echos traz os resultados de uma pesquisas sobre a percepção de riqueza para os franceses. De maneira geral, um francês considera alguém rico quando ganha o equivalente a 17 mil e 400 reais por mês.

A pesquisa demonstra que nem todos os franceses têm a mesma percepção sobre o assunto. Para a faixa etária entre 18 e 24 anos, rico é quem ganha mensalmente 11.800 reais. O valor sobe na medida em que a idade também aumenta.

A percepção de riqueza é relativa, afirma o Les Echos, e vale também para o patrimônio. Os franceses dizem que uma pessoa é rica quando seu conjunto de bens chega a 1 milhões e 700 mil reais . A média do patrimônio de um francês, segundo o Instituto francês de estatística, fica bem abaixo e equivale a 618 mil reais.

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