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Planeta Verde

Exposição ao mercúrio baixa QI humano nos países ricos

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A exposição cada vez maior ao mercúrio é tema de uma conferência internacional da ONU nesta semana em Genebra. Os países realizam a quinta rodada de negociações para chegar a um acordo em que os signatários se comprometam a lutar contra as emissões de mercúrio, um elemento que atrapalha o desenvolvimento nos países pobres e afeta o QI das pessoas nas nações desenvolvidas, conforme pesquisas.

Achim Steiner, diretor do Pnuma
Achim Steiner, diretor do Pnuma http://www.unep.org
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Na semana passada, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o Pnuma, divulgou um relatório mostrando que os efeitos do mercúrio sobre a saúde são cada vez maiores nos países em desenvolvimento, devido às emissões provocadas pela energia a carvão e pela garimpagem de ouro. As emissões em geral se mantêm num nível estável nos últimos 20 anos, mas as de mercúrio na mineração artesanal dobraram desde 2005. 40% delas são registradas na Ásia, 16% na África e 13% na América do Sul.

Somente em conseqüência da garimpagem ilegal de ouro, em que o mercúrio é utilizado para destacar o metal precioso, existem até 15 milhões de pessoas que se expõem diretamente ao perigoso agente químico. Por isso, a ONU tem urgência em implantar uma regulamentação, como explica Franz Perez, chefe da delegação suíça, que preside o evento.

Os efeitos tóxicos deste elemento são dos mais variados: afeta os sistemas digestivo e imunológico, os pulmões, a pele, os olhos e os rins. Também atinge o sistema nervoso e está diminuindo o QI, a quantidade de inteligência, das pessoas aqui na Europa.

Uma grande pesquisa multinacional, realizada em mães e filhos de 6 a 11 anos, de 17 países europeus, concluiu que nada menos do que 91% das crianças portuguesas e 89% das espanholas apresentam uma taxa de mercúrio superior ao limite a partir do qual aumentam os perigos à saúde. Na França, este índice é de 44%. O mercúrio atinge o desenvolvimento do cérebro e portanto, da inteligência das crianças, conforme os pesquisadores. A cada micrograma a mais do elemento no corpo da mãe durante a gestação resulta em um um bebê com em média 0,4 ponto a menos de QI.

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