O Dia do Trabalho foi a data escolhida para o candidato Nicolas Sarkozy realizar o seu penúltimo comício de campanha para as eleições presidenciais francesas, na praça do Trocadero, em Paris. Uma multidão foi apoiar o conservador, que segundo as pesquisas, deve perder a votação para o socialista François Hollande, no próximo domingo.
O presidente preferiu exaltar o valor do trabalho neste 1° de Maio e deu menos ênfase aos temas que mais vem se dedicando nas últimas semanas, a imigração e a segurança. Mesmo assim, o candidato discursou sobre o orgulho de ser francês e defendeu a identidade nacional, afirmando que outros países fazem o mesmo, como o Brasil e os Estados Unidos.
O candidato conservador prometeu diminuir as cargas sociais para os empregadores se for reeleito, para reduzir o desemprego e ajudar o país a sair da crise. Sarkozy ainda criticou os sindicatos, que pela primeira vez pediram claramente aos franceses a votarem contra o presidente neste segundo turno.
Os militantes do UMP, o partido de Sarkozy, elogiam a experiência do presidente-candidato e afirmam que o seu programa de governo é mais sólido em comparação ao do socialista François Hollande, o opositor de Sarkozy nas urnas (ouça os depoimentos na reportagem).
Também neste 1° de Maio, a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, apresentou a sua posição para o segundo turno. A presidente do partido Frente Nacional afirmou que vai votar em branco e deixou os militantes "livres" para votar conforme suas consciências. Entretanto, pesquisas indicam que Sarkozy deve se beneficiar com o voto com cerca de 55% dos eleitores que escolheram Le Pen no primeiro turno, contra apenas 15% que devem escolher Hollande.
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