Os bons ventos brasileiros atraem empresas estrangeiras. O grupo francês Alstom inaugurou na semana passada, na Bahia, sua primeira fábrica de turbinas eólicas na América do Sul. A empresa pretende alcançar 40% do mercado da produção de turbinas no Brasil. Outras empresas que se instalaram no Brasil são a espanhola Gamesa, a argentina Impsa e a alemã Siemens. No Brasil o setor da energia elétrica tem atualmente uma capacidade instalada de 1,3 gigawatts, segundo a Associação brasileira de energia eólica, a ABEeolica. Mas um estudo do Emerging Energy Research prevê que o Brasil, que já é o principal mercado de energia eólica da América Latina, terá uma capacidade instalada de 31,6 gigawatts em 2025. Os investimentos em energia eólica começaram em 2004 quando foi regulamentado o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, o Proinfa, que tinha o objetivo de diversificar a matriz energética brasileira. Atualmente a participação das eólicas na matriz energética brasileira é de 0,9% mas, segundo Elbia Melo, presidente da ABEeolica, esta participação deve chegar a 5,3% em 2014. Ela afirma que o potencial de energia gerada pelo vento no Brasil é enorme e explica porque esta energia é atrativa.
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