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Síria/Crise

Opositores sírios oficializam coalizão em Paris

Uma coalizão de partidos de oposição da Síria, exilados no exterior, foi lançada oficialmente neste sábado, na capital francesa. Os participantes esperam se organizar para lutar contra o regime do presidente Bachar al-Assad.  

REUTERS/ Omar Ibrahim
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A nova coalizão é formada por dezenas de formações muçulmanas, cristãs, árabes e curdas, que aspiram a estruturar uma resistência organizada contra Bachar al-Assad.

O nome oficial do grupo é Coalizão das Forças Laicas e Democráticas sírias (CFLD), embrião de uma oposição fora do país. Os membros vieram dos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio e estão reunidos neste fim de semana em um hotel parisiense.

"A Síria de amanhã deve ser pluralista, e não dominada pelos islamitas", declarou o porta-voz do grupo, Randa Kassis, membro do partido Hadatha. "Devemos trabalhar juntos para derrubar este regime que torturou, exilou e matou", disse.

Mais de seis meses depois do começo das revoltas populares no país, violentamente reprimidas pelas forças armadas, a oposição síria ainda não conseguiu se unir. Ela se divide entre os opositores de tendência islâmica e os laicos. Existem conflitos igualmente entre os curdos e os árabes, e os cristãos e muçulmanos.

Bassam a-Bitar, membro do partido sírio Alenfetah, baseado em Washington, admite que os desacordos são profundos entre laicos e islamitas e que o processo é lento. "Mas há indícios de que os dois lados podem chegar a um diálogo", analisa.

A CFLD também lançou um apelo às minorias da Síria a se unirem contra o regime de Bachar al-Assad. Mas estas minorias hesitam, especialmente a cristã e a curda, por medo de represálias.

Além desta recém-criada coalizão laica, dois conselhos da oposição síria já existem na Turquia: o Conselho Nacional de Transição Sírio, dirigido por Burhan Ghalioun, um dos líderes da oposição no exílio, é considerado o mais forte e representativo. Burhan Ghaliou vem lembrando aos opositores para incluírem a questão da laicidade no contexto da revolução e dialogarem com os islamitas. Para ele, somente uma oposição unida pode conseguir a queda do presidente al-Assad.

Violações dos direitos humanos

A Síria é palco de um movimento de protestos populares nunca visto, desde 15 de março passado. O poder respondeu com uma repressão violenta e o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos denuncia que 2.600 pessoas já foram mortas.

O diplomata brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro foi indicado na segunda-feira, pela ONU, para presidir uma comissão que deve investigar as denúncias de violações de direitos humanos na Síria.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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