Armênios manifestam pedindo que turcos reconheçam genocídio
Cerca de 10 mil pessoas saíram às ruas na capital da Armênia em um protesto pedindo que a Turquia reconheça o "genocídio" cometido contra a população do país. A manifestação acontece às vésperas do 96° aniversário do massacre de centenas de milhares de armênios durante o império otomano, rememorado em 24 de abril.
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A manifestação realizada neste sábado na capital Yerevan foi organizada pela Federação Revolucionário Armênia, um influente partido político do país. Os manifestantes, principalmenet jovens, exibiam cartazes pedindo que a Turquia reconheça o genocídio.
O massacre de armênios entre 1915 e 1917 é um dos episódios mais contestados da história do país. Na época, mais de 1,5 milhões de pessoas morreram vítimas da repressão do império Otomano (atual Turquia), no que a Armênia considera como um genocídio.
Ankara recusa a responsabilidade das mortes, mas reconhece que entre 300 mil e 500 mil pessoas morreram. No entanto, segundo as autoridades turcas, elas foram vítimas do caos dos últimos anos do império otomano, e não de uma campanha de exterminação.
Armênia e Turquia assinaram protocolos de reconciliação em 2009, mas diante das acusações mútuas, as negociações foram abandonadas.
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