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Líbia/Crise

Líbia sob todos os ângulos é destaque na imprensa francesa

Sem exceção, todos os jornais abordam a crise na Líbia, enfocando da violência às vitórias, sem deixar de passar pelas consequências sociais, políticas e econômicas.  

RFI
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Começando a leitura pelo diário Libération, de esquerda, vemos uma grande foto de homens balançando ao vento a bandeira vermelha, preta e verde com uma Lua crescente e uma estrela, bandeira anterior à era Kadaffi, quando passou a ser totalmente verde. "Na Líbia libertada" - esta é a manchete do Libération, que entrevistou diversos manifestantes de Tobrouk a Benghazi, cidades que caíram nas mãos dos opositores. Um farmacêutico de Benghazi testemunha que o que se passou na cidade não foram confrontos, mas sim uma guerra, uma verdadeira guerra, com metralhadoras atirando na multidão. Libération retrata os dez dias de revolta, ressaltando que se o leste obteve vitória, a capital Tripoli continua resistindo. O artigo também cita diversas frases ditas por personalidades; eu escolhi a do presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy: "Sinto um horror especial das violências cometidas contra um povo que se revolta pela liberdade e pela justiça na Líbia".

O jornal católico L'Humanité também destaca a libertação do leste líbio, lembrando que Tobrouk e Benghazi ficam na região da Cirenaica, a mais rica em petróleo. Kadafi se agarra ao poder pelo fogo e pelo sangue, comenta o artigo, sem deixar de mencionar as relações comerciais entre França e Líbia e a visita oficial do ditador a Paris em 2007, selada pela venda de armas pela França ao país.

Le Figaro, de direita, aponta um outro futuro problema decorrente do terremoto político na Líbia, o êxodo em massa para a Europa. E lembra que cinco mil tunisianos desembarcaram clandestinamente na ilha italiana de Lampedusa, em fevereiro, depois da queda do ditador Ben Ali. Figaro tambem analisa que o poder de Kadafi está enfraquecido pela renúncia de diversos ministros e diplomatas.

Terminando, o econômico Les Echos informa que a crise líbia repercute no preço do barril do petróleo, negociado a US$100 em NY e a mais de US$100 em Londres.
 

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