Dívida de emergentes atrai investidores franceses, analisa Les Echos
Na edição desta segunda-feira, o principal jornal econômico da França edita em sua coluna de Mercados que os investidores nacionais vêm manifestando um grande interesse pela dívida emergente, que tem se reforçado desde a crise de nações da zona euro. A matéria é ilustrada com uma foto do Banco Central do Brasil.
Publicado em:
Mais vale a dívida brasileira do que a portuguesa!
É assim que começa o artigo, comentando que, para certos investidores, o Brasil e outros emergentes oferecem melhores perspectivas de investimento, principalmente no atual contexto das crises de Portugal e Espanha. Calculada na moeda local, a dívida dos Estados manteve-se estável desde a crise de 2008, provando sua resistência. Esta é a conclusão de um estudo de dois gabinetes franceses especializados, Image et Finance, e Aberdeen.
Um terço dos investidores analisados integra a dívida emergente aos seus investimentos globais sobre os emergentes, como ações e obrigações, e os 2/3 restantes vão para investimentos tradicionais como obrigações do Tesouro francês, conhecidas como OAT e T-Bonds, os bônus do Tesouro americano.
Les Echos explica que o objetivo de aplicar em nações emergentes é diversificar e obter um rendimento suplementar, já que esses títulos remuneram mais do que as obrigações dos países desenvolvidos, pelo menos nos próximos três ou cinco anos.
Em contrapartida, isso também pode ser um grande risco, analisa o jornal.Sendo a valorização das moedas locais um dos motores da boa performance das obrigações, a evolução do câmbio é um dos riscos ligados ao investimento. A flexibilidade cambial é colocada em segundo lugar na escala de riscos, depois da inflação, o principal perigo para os investidores franceses.
Para atenuar os riscos, a solução é a diversificação geográfica. Depois do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o interesse agora é pelos países do grupo CIVETS: Colômbia, Indonésia, Vietnã, Egito, Turquia e África do Sul, os novos emergentes "na moda". Menos maduros do que o BRIC, eles apresentam um quadro relativamente seguro aos investimentos em dívidas ou ações, com perspectivas de crescimento bem interessantes a médio prazo, conclui o jornal econômico.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro