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Dilma é a "quase rainha" do Brasil, diz Libération

A reta final para as eleições presidenciais no Brasil continua a interessar a imprensa francesa. Os desafios do novo presidente e o tom conservador que apareceu nessa reta final da campanha no segundo turno foram os principais destaques da cobertura francesa.

Capa da edição de 29 de outubro do jornal Libération
Capa da edição de 29 de outubro do jornal Libération Libération
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O jornal de esquerda "Libération" traz duas páginas dedicadas às eleições no Brasil. O "Libé" diz que Dilma deve ser eleita nesse domingo, mas a correspondente em São Paulo, Chantal Reyes, diz que a campanha foi decepcionante. Isso não impede, porém, o título bastante elogioso na capa: "Dilma, a quase rainha do Brasil". Na avaliação do jornal, a campanha presidencial foi uma mera formalidade. Com mais de 80% de aprovação ao governo de Lula, a transferência de votos do atual presidente brasileiro para Dilma era quase uma certeza.

Numa entrevista de página inteira, a candidata do PV Marina Silva, que abocanhou 19% dos votos no primeiro turno, afirma que seu resultado mostra que a sociedade brasileira procura uma terceira via.Ela afirma ao jornal que a neutralidade nesse segundo turno é essencial para consolidar o seu projeto alternativo. Ou seja, longe dos grandes partidos e das alianças tradicionais.

Para o jornal econômico, "Les Echos", Dilma é mais que favorita nesse domingo. Mas o diário lembra que, se eleita, ela terá a enorme missão de manter um crescimento forte e lutar contra as fragilidades do Brasil: educação, infraestrutura, burocracia, tributação e custo do crédito.

Destacando a ascensão do conservadorismo na disputa do segundo turno,  o jornal comunista "L'Humanité" analisa que a campanha eleitoral no Brasil nesse segundo turno foi marcada pela luta entre a Bíblia e o capital.

Greves

Para o "Le Figaro", de direita, os protestos de ontem foram um fracasso. A foto escolhida para ilustrar a capa mostra poucos manifestantes e o jornal afirma que a adesão ao movimento está em queda livre. O jornal também destaca que o abastecimento de combustível pelo país está melhor, mas a evolução é lenta.  20% dos postos de gasolina também continuam a enfrentar problemas de estoque.

Sobre a greve, o "Libération" avalia que ainda que menos pessoas tenha ido protestar ontem, novas formas de adesão à mobilização social têm surgido. Citando o politólogo Philippe Corcuff, o jornal qualifica esse movimento de "guerrilha social". Essa nova forma de greve assume a forma de bloqueios de estradas, paralisações-relâmpago, piquetes em aeroportos e repartições públicas... Tudo isso, a julgar pelas últimas sondagens, apoiado pela maioria dos franceses.

 

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