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Imprensa destaca manobra do governo para acelerar votação da reforma da aposentadoria

Os protestos na França contra a reforma da previdência continuam nas primeiras páginas de todos os jornais franceses. As edições desta sexta-feira 22 de outubro destacam principalmente a decisão do governo de tentar acelerar a votação no senado do projeto de lei que aumenta a idade mínima da aposentadoria no país e a decisão dos sindicatos de convocar novas jornadas de greve e manifestações.

Os sindicatos franceses decidiram convocar novas jornadas de greve e manifestações.
Os sindicatos franceses decidiram convocar novas jornadas de greve e manifestações. Reuters
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Com o procedimento chamado de voto único o governo elimina o exame de 228 das 254 emendas ao projeto de lei que ainda faltavam ser debatidas no Senado e espera que os senadores possam aprovar a reforma da aposentadoria ainda nesta sexta-feira, informa o Le Figaro.

Assim, o projeto de lei poderia ser aprovado definitivamente pelo parlamento terça ou quarta-feira da semana que vem. O objetivo dessa manobra, segundo Libération, é enfraquecer o movimento social, aproveitando o início do grande recesso escolar de finados que começa neste final de semana e dura 10 dias. Essa linha dura do governo é uma aposta, no entanto, arriscada afirma o jornal pois os sindicatos não se intimidam e convocam duas novas jornadas de manifestações, para os dias 28 de outubro e 6 de novembro.

Para o L'Humanité, o governo do presidente Nicolas Sarkozy censura os senadores ao impedir o debate sobre o projeto de reforma da aposentadoria na casa. O jornal comunista denuncia um ato autoritário que fragiliza a democracia parlamentar francesa e diminui ainda mais a legitimidade do governo. La Croix diz que as imagens de violência que a França mostra ao mundo nestes últimos dias indicam, mais uma vez, que a mobilidade social não funciona mais para uma parte da população e que o país é incapaz de integrar, principalmente os cidadãos de origem estrangeira. O jornal católico também analisa os efeitos dos bloqueios de depósitos de combustível para a economia francesa que começam a preocupar os profissionais.

Obras públicas, transportes, indústria química são os setores mais penalizados, completa o Les Echos. O jornal econômico ressalta que o aumento do medo do impacto negativo das greves atuais acontece no momento em que o moral das indústrias tinha recuperado o nível de antes da crise econômica mundial.

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