Personalidades defendem iraniana condenada à morte

O jornal Libération desta segunda-feira se mobiliza em favor de Sakineh Mohammadi-Ashtiani, a iraniana de 43 anos acusada de adultério e condenada à morte por lapidação.

“É preciso impedir a lapidação de Sakineh”, diz a capa do jornal Libération. liberation

Na capa de sua edição de hoje, o jornal Libération traz um abaixo assinado tentando sensibilizar o regime de Teerã. A iniciativa, lançada pelo filósofo francês Bernard-Henri Lévy, traz a assinatura de personalidades internacionais, como as atrizes Mia Farrow e Juliette Binoche, a escritora de histórias em quadrinhos e cineasta franco-israelenese Marjane Satrapi, o prêmio Nobel de liberatura nigeriano Wole Soyinka, ou ainda a ex-candidada à presidência francesa Ségolène Royal. Todos lembram que a vida da iraniana está em jogo e que é preciso impedir sua lapidação, pode-se ler na capa do Libération.

Enquanto isso, o jornal La Croix dá destaque em sua primeira página à onda de calor e às consequências dos incêndios florestais na Rússia. Segundo o diário, Moscou tenta minimizar o balanço da situação. "O Kremlim pressiona a mídia local para ocultar a realidade da catástrofe climática e ecológica, além da maneira como a crise está sendo administrada", explica La Croix.

Já Le Figaro alerta sobre novas bactérias resistentes à antibióticos, descobertas em 2003 na Índia, e que começam a chegar na Europa. Os primeiros doentes foram detectados na Inglaterra e um primeiro caso já foi registrado na França. Le Figaro informa que essas bactérias contaminaram principalmente pessoas que passaram por algum tipo de intervenção cirúrgica na Índia. O que levanta a questão do turismo medical, um fenômeno recente, mas que ganha cada vez mais adeptos no Velho Continente.

O diario Les Echos comemora os resultados da economia francesa no segundo trimestre. Com um aumento de 0.6% no PIB, a França segue os passos da Alemanha, que registrou uma alta do PIB de 2.2% no mesmo período, e confirma a tendência de reestabelecimento das contas das grandes potências europeias, ressalta Les Echos.