Jornais destacam fim da taxa carbono, antes mesmo de ser adotada
O adiamento do governo francês por tempo indeterminado da criação de um novo imposto sobre a emissão de gases poluentes é destaque em diversos jornais desta quarta-feira.
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A taxa carbono é a capa do jornal Libération, de esquerda desta quarta-feira. O jornal comenta que, diante da desconfiança de sua própria maioria, o presidente renunciou ao projeto. Classificando o imposto de "mal amado do UMP, o partido do governo", o Libération explica que a maioria da direita, assim como o sindicato patronal, conseguiram derrubar a iniciativa. Do lado dos ecologistas, Libération publica que, para os verdes, essa decisão marca o fim dos compromissos presidenciais. Mas o Partido Verde considera que o argumento de Sarkozy, de que o imposto deve ser adotado por todo o bloco europeu, ou por ninguém, é de má fé.
Le Figaro, de direita, é mais condescendente em seu título, "Fillon deixa a taxa ambiental para mais tarde", informando que o primeiro-ministro François Fillon anunciou na terça-feira que "ou a medida será europeia ou não será". Hoje, na Europa, três países aplicam a taxa carbono: a Suécia, a Dinamarca e a Finlândia.
Le Figaro complementa escrevendo que o premiê quis tranquilizar uma maioria sob o choque da derrota das regionais e não deixa de citar a reação da secretária do Estado para o Meio Ambiente, Chantal Jouanno, que declarou estar desesperada com este recuo. "As empresas aliviadas pelo abandono da taxa carbono" é o grande título do diário econômico Les Echos. O empresariado francês aprovou a decisão da medida, mal vista por diversos países-membros da União Europeia. Les Echos também faz as contas: os cofres do Estado vão deixar de ganhar 2 bilhões de euros, cerca de 5 bilhões de reais, em 2010.
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