França se oferece para ajudar na restauração do Museu Nacional do Rio de Janeiro
O governo francês se disse disposto a contribuir para a restauração do Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído no domingo (2) por um incêndio. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian.
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"No momento em que todo o Brasil está comovido, a França está disposta a ajudar a restaurar o Museu Nacional", afirmou Le Drian nesta terça-feira (4) durante um discurso no museu do Louvre Abu Dhabi. "Eu desejo fazer um preâmbulo para expressar a solidariedade das autoridades francesas ante o trágico incêndio que devastou no domingo outro lugar cultural excepcional", disse.
"O Museu Nacional do Rio de Janeiro é uma das joias do Brasil. Abrigava coleções de paleontologia, artefatos greco-romanos, uma coleção egípcia e o fóssil humano mais antigo descoberto no Brasil", recordou o ministro francês. "Como o Louvre, este é um símbolo de diálogo das culturas. Com as chamas, desapareceu uma parte da memória da humanidade".
O discurso de Le Drian confirma uma declaração feita na segunda-feira (3) pelo próprio presidente francês Emmanuel Macron. Pelo Twitter, o chefe de Estado disse que a França “coloca seus peritos a serviço do povo brasileiro para ajudar a reconstrução” após essa tragédia que transformou em cinzas uma parte importante da história e da memória.
L’incendie du musée de Rio est une tragédie. C’est une histoire et une mémoire majeures qui partent en cendres. La France mettra ses experts au service du peuple brésilien pour aider à la reconstruction.
Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) 3 septembre 2018
A ministra francesa da Cultura, Françoise Nyssen, também exprimiu se manifestou após o incêndio. Em uma conversa com o embaixador do Brasil na França, ela ressaltou “seu apoio e sua solidariedade a todo o povo brasileiro”, informou o ministério em um comunicado. Segundo o texto, Nyssen “ofereceu toda a experiência dos agentes do ministério da Cultura, seja em matéria de museologia, de conservação ou de gestão de coleções e de arquivos”. O comunicado termina lembrando que “para o Brasil e para pesquisadores do mundo todo, esse incêndio representa um desastre para o conhecimento da história do país e a compreensão da diversidade cultural e natural”.
Desde segunda-feira (3), a Unesco, que tem sede em Paris, já havia anunciado que também se colocava à disposição das autoridades brasileiras para o que fosse necessário.
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