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França

Vídeo de uma policial sendo espancada por jovens causa indignação na França

As imagens de uma policial caída no chão e recebendo vários pontapés têm causado revolta na França. Ela e um colega policial foram espancados durante a noite de Ano Novo em Champigny-sur-Marne, na região parisiense. As agressões começaram quando eles tentavam impedir um grupo de jovens que ameaçava invadir um hangar, onde acontecia uma festa particular de réveillon. A policial sofreu várias fraturas e seu colega teve o nariz quebrado.  

Captura do vídeo em que policiais são espancados no subúrbio de Paris.
Captura do vídeo em que policiais são espancados no subúrbio de Paris. Fuente: Reuters.
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Um dia após os vídeos do ataque se tornarem virais na internet, os investigadores tentam identificar os culpados. As imagens, que duram apenas alguns segundos, não são muito nítidas. Duas pessoas foram detidas, mas segundo a polícia, elas não foram as principais responsáveis ​​pelas agressões.

"Esta sociedade de violência não pode continuar a existir", disse nesta terça-feira (2) o ministro do Interior, Gerard Collomb. "Este odioso ato reflete uma certa forma de falência moral de nossa sociedade", lamentou o prefeito de Chennevières-sur-Marne Jean-Pierre Barnaud, em um comunicado.

O ataque fez o presidente Emmanuel Macron reagir. Ele prometeu em um tweet que o "culpado da covarde e criminal agressão policial" seria "encontrado e punido", escreveu o chefe de Estado.

Agressão policial inflama a direita francesa

Na tarde dessa segunda-feira (1), outro ataque contra um policial foi registrado na região metropolitana de Paris. A agressão a um militar que tentava parar o condutor de uma motocicleta roubada desencadeou a condenação unânime da classe política, mas também a forte crítica da direita e da extrema-direita francesa.

O porta-voz do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN), Sébastien Chenu, disse que o governo está "totalmente incapaz de tomar medidas para resolver o problema". Segundo Chenu, nada tem sido feito para proteger os policiais e garantir o cumprimento de seus deveres.

Na noite de segunda-feira, o presidente do partido de direita Les Républicains (LR), Laurent Wauquiez, exigiu "atos firmes" contra esses ataques.

De acordo com um balanço divulgado nessa segunda-feira pelo Ministério do Interior, oito policiais e três soldados da operação antiterrorista Sentinela foram feridos durante o réveillon.

Veículos incendiados

O número de carros incendiados na passagem do ano na França registrou alta de quase 10% em relação ao ano passado. Queimar veículos na noite do réveillon passou a ser uma “tradição” no país. Nesse 31 de dezembro, 1.031 carros foram incendiados, contra 935 na virada de 2017. O número de suspeitos detidos durante a última noite do ano também está em alta, mais de 500 pessoas em todo o país.

Apesar do aumento das ocorrências, o ministro do Interior Gerard Colomb avalia que este foi um réveillon pacificado, com poucos incidentes, graças aos 140 mil policiais e militares que estavam de prontidão na noite de 31 de dezembro, principalmente devido ao nível "elevado" de ameaça terrorista na França.

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