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França/terrorismo

Jihadistas franceses do grupo EI na Síria recebiam ajuda do governo

Fraude foi descoberta por divisão da polícia francesa especializada no financiamento do terrorismo e custou mais de € 2 milhões aos cofres do Estado, cerca de € 500 mil entre 2012 e 2017. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (26) pelo jornal Le Figaro.

Bandeira Grupo Estado Islâmico em cidade tomada pela organização
Bandeira Grupo Estado Islâmico em cidade tomada pela organização REUTERS/Ali Hashisho
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Segundo a polícia, cerca de 20% dos extremistas franceses identificados nas zonas de combate na Síria e no Iraque continuavam a receber ajudas do governo com a ajuda da família, que utilizava documentos falsos para obter o seguro-desemprego e outros benefícios sociais. Em seguida, o dinheiro era enviado para a Turquia e despachado para as zonas de combate.

Mais de 460 operações bancárias fraudulentas foram identificadas em 2016. Durante a investigação, o serviço secreto francês, com a ajuda de outros organismos, conseguiu identificar mais de 210 turcos e libaneses que “coletavam” os fundos, além de 190 franceses que transferiam o dinheiro.

Queda na renda

Segundo a polícia, os benefícios sociais se tornaram importantes para o Grupo Estado Islâmico com a queda do comércio do petróleo e do algodão, duas fontes de renda que financiavam as ações da organização, e serviam também para pagar os salários dos combatentes. Os jihadistas então recorreram às suas famílias na França.

Com a descoberta, a polícia francesa conseguiu interromper o pagamento das ajudas sociais, comunicando o nome dos beneficiários que desapareceram do território. A polícia acredita que, para vencer o grupo Estado Islâmico, é necessário enfraquecer financeiramente a organização.

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