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Em encontro com Merkel em Berlim, Macron defende "reforma histórica da Europa"

A capital alemã foi o destino escolhido para a primeira viagem presidencial de Emmanuel Macron. A Europa esteve no centro da conversa entre os dois dirigentes, que deram uma coletiva de imprensa após o encontro. 

REUTERS/Fabrizio Bensch Download Picture Share via Email Da
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A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Emmanuel Macron tiveram um primeiro encontro frutuoso nesta segunda-feira (15): ambos disseram estar abertos à ideia de uma mudança nos tratados europeus para reformar o funcionamento da zona do euro.

"Do ponto de vista alemão, é possível mudar os tratados se isso fizer sentido", declarou Angela Merkel na coletiva de imprensa, dando sinais de abertura ao novo chefe de Estado francês que, do seu lado, ressaltou que "não haverá tabu" em relação a esta ideia. Até o momento, Berlim tem sido reticente sobre a questão.

A má lembrança da rejeição na França do projeto de Constituição europeia, em 2005, deixou más lembranças, além da perspectiva de ter que validar qualquer mudança nos tratados por meio de ratificação em todos os países, o que levanta dúvidas.

Macron também defendeu uma "reforma histórica" da Europa, especialmente frente ao crescimento do populismo e do risco de desintegração do bloco europeu.

Depois de sua primeira reunião com Merkel, Emmanuel Macron declarou que é contra dividir "as dívidas do passado" entre os países da zona do euro, mas se mostrou favorável a este mecanismo para projetos futuros. "Eu não sou um defensor da repartição de dívidas do passado" na zona do euro, disse Macron, porque "isso conduz a uma política de desestabilização".

Propostas comerciais serão discutidas com calma, diz Merkel

No entanto, ele pediu para abrir o debate sobre futuros projetos de investimento. "O que acredito é que temos novos investimentos a fazer e, portanto, devemos considerar mecanismos novos para o futuro e trabalhar no sentido de uma maior integração", declarou Macron. "O que a zona do euro precisa é uma política pró-ativa em termos públicos e privados e, portanto, pensar em maneiras de injetar dinheiro novo", disse ele.

Mais experiente, e prudente, Angela Merkel declarou que "há pontos de vista convergentes, mas talvez, aqui e ali, haja concepções diferentes. A França e a Alemanha não estão sempre de acordo, mas é da simbiose que pode nascer algo de bom", completou a chanceler, dizendo que essas questões serão tratadas com tranquilidade.

Sobre as pautas comerciais, Macron voltou a repetir que quer "uma Europa que projeta melhor e seja menos ingênua em relação às práticas de dumping".

 

 

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