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França/Egito

Voo MS804: destroços são vistos em Creta

Vários destroços que podem pertencer ao Airubs320 da EgyptAir, que caiu nesta quarta-feira (18) na costa grega com 66 pessoas a bordo, foram descobertos na ilha da Creta por um avião egípcio, de acordo com o porta-voz das forças armadas gregas, Vassilis Beketsiotis.

Os familiares das vítimas do voo MS804 da companhia EgyptAir no aeoporto do Cairo
Os familiares das vítimas do voo MS804 da companhia EgyptAir no aeoporto do Cairo (Foto: Reuters)
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Segundo o porta-voz, os objetos foram localizados no sudeste da ilha de Creta por um aparelho C-130 , em uma área que pertence ao espaço aéreo egípcio. Vários barcos serão enviados ao local para confirmar se os destroços pertencem de fato à aeronave. De acordo com a TV grega os possíveis pedaços do avião foram achados a 230 milhas marinhas de Creta.

Segundo as autoridades gregas, o aparelho provavelmente caiu a 130 milhas marinhas na costa da ilha de Cárpatos, situada a leste da Creta. Navios e aviões gregos, egípcios, franceses e americanos participam das buscas. O voo MS804 da companhia EgyptAir deixou o aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, em Paris, às 23h09 nesta quarta-feira, e desapareceu dos radares às 3h39, em espaço aéreo egípcio.

No último contato com as torres de controle, o piloto não citou nenhum incidente. De acordo com o ministro grego da Defesa, Panos Kammenos, o aparelho mudou de trajetória de forma abrupta, fazendo curvas de 90° à direita e depois de 360° à esquerda, caindo de uma altitude de 11 mil a 4570 metros.

A hipótese terrorista é por enquanto a mais provável segundo as autoridades egípcias. Especialistas também afirmam que tecnicamente, em princípio, o avião não tinha motivos para cair, já que o tempo estava bom, o aparelho era novo, o piloto experiente e voava em altitude de cruzeiro. Em uma entrevista coletiva, o presidente francês François Hollande declarou que “nenhuma hipótese poderia ainda ser descartada”.

Familiares são recebidos em Roissy

Os familiares dos passageiros do voo MS804 foram recebidos em uma célula de crise montada pelo governo francês, com médicos e psicólogos. Pelo menos 20 pessoas, a maioria da comunidade franco-egípcia, foram recebidas em um hotel situado perto das pistas de decolagem e aterrissagem do aeroporto, escoltadas por policiais. Eles foram recebidos pelo chanceler francês, Jean Marc Ayrault, e o secretário dos Esportes, Alain Vidalies.

Entre os 56 passageiros estavam 30 egípcios, 15 franceses, dois iraquianos, um britânico, um belga, um português, um argelino, um chadiano, um saudita, um kwaitiano, um sudanês e um canadense.

Depois dos atentados de Paris e Saint Denis, em 13 de novembro, as autoridades decidiram examinar as 86 mil autorizações de acesso à zona reservada do aeroporto internacional parisiense, começando pelos 5 mil agentes de segurança. Entre janeiro de 2015 e abril de 2016, mais de 600 pessoas não puderam renovar suas credenciais ou tiveram seus documentos cassados, por conta de antecedentes judiciais. 85 pessoas foram suspeitas de radicalização.

 

 

 

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