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França/crise

Sarkozy interrompe férias para discutir crise financeira

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, fez um apelo nesta quarta-feira para que o equilíbrio das finanças no país seja uma prioridade. A declaração foi feita depois de uma reunião de emergência com a cúpula econômica do governo francês sobre a crise no mercado financeiro e na zona do euro.

O presidente Nicolas Sarkosy interrompeu suas férias para discutir a crise na zona do euro.
O presidente Nicolas Sarkosy interrompeu suas férias para discutir a crise na zona do euro. REUTERS/Philippe Wojazer
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O presidente francês, que interrompeu suas férias para participar do encontro, pediu que as diferenças políticas sejam deixadas de lado e a oposição apoie a introdução, na Constituição, da lei conhecida na França como "regra de ouro." O texto prevê a definição das receitas e despesas do Estado por um período de três anos para determinar as ações públicas em nível nacional e regional. A lei foi adotada no início de julho pela Assembleia, mas para que entre em vigor, exigirá uma mudança constitucional. Para isso, Sarkozy deve convocar um referendo no Congresso e obter o voto de 3/5 dos deputados e senadores.

A reunião durou mais de duas horas e teve a participação do primeiro-ministro François Fillon, do ministro da Economia François Baroin, da ministra do Orçamento, Valérie Pécresse, do chanceler  Alain Juppé e de Christian Noyer, dirigente do Banco da França. Depois do encontro, o presidente francês reafirmou o compromisso de reduzir o déficit público no país, independentemente da “evolução da situação econômica.”Segundo o ministro da Economia, François Baroin, no próximo dia 24 de agosto, o país deverá anunciar novas medidas definitivas, que devem integrar o orçamento de 2012, para atender seu objetivo. O governo francês quer reduzir seu déficit público, de 5,7% do PIB, para 4,6% em 2012 e 3% em 2013.

Para o governo francês, esta seria a única maneira de manter a nota AAA, concedida pelas agências de notação financeira. Nos últimos dias, circulou o boato de que os franceses corriam o risco de ter um rebaixamento do rating, depois dos Estados Unidos.  As agências Moody e Fitch, entretanto, afirmaram que devem manter a nota máxima para a França. A avaliação confere ao país a possibilidade de continuar a realizar empréstimos no mercado a taxas de juros mais baixos para refinanciar sua dívida.

 

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