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Economia/França

Governo francês anuncia corte de mordomias

O presidente francês Nicolas Sarkozy anunciou uma série de medidas para reduzir os gastos do governo, em mais um esforço para tentar equilibrar as contas públicas do país e reduzir o déficit no orçamento. Segundo ele, "o exemplo deve vir, primeiro, do Estado".

Na carta que enviou ao premiê francês, Sarkozy disse que "o exemplo tem que vir do Estado".
Na carta que enviou ao premiê francês, Sarkozy disse que "o exemplo tem que vir do Estado". ©Reuters
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Entre as medidas, estão a supressão de 10 mil carros para uso dos altos escalões do governo e o corte de 7 mil apartamentos funcionais até 2013. Sarkozy deseja ainda que as viagens dos ministros sejam rigorosamente controladas e que seja dada preferência a viagens de trem e à hospedagem em residências oficiais para economizar despesas com hotéis. O presidente francês disse que vai punir com rigor os abusos.

A contenção de gastos atinge também as festas e recepções oficiais. Neste ano, o governo inclusive cancelou a tradicional Garden Party, a festa realizada nos jardins do Palácio do Eliseu, para celebrar o 14 de Julho, festa nacional que comemora a queda da Bastilha. No ano passado, a festa teria custado 700 mil euros euros, o que já havia sido anunciado como uma redução em relação ao ano anterior.

O “manual de boa conduta ministerial”, como vem sendo chamadas as medidas anunciadas pelo presidente francês, é uma resposta do chefe do Executivo aos recentes escândalos revelados pela imprensa, envolvendo membros do governo.

O secretário de estado de Desenvolvimento da região metropolitana de Paris, Christian Blanc, por exemplo, fez os cofres públicos pagar 12 mil euros que gastou em charutos. O ministro francês da Indústria, Christian Estrosi, tem dois apartamentos funcionais pagos pelo estado e a secretária de estado para a Cidade, Fadela Amara, cedeu seu apartamento funcional aos irmãos.

A gota d'agua foi o escândalo envolvendo o ministro do Trabalho, Eric Woerth, na época em que ocupava a pasta do Planejamento. A mulher dele, consultora da l'Oreal, uma das maiores empresas da França, teria aconselhado a proprietária grupo a abrir uma conta na Suíça para não pagar impostos na França.

A esquerda denuncia uma série de medidas populistas que visa manipular a opinião pública e evitar os protestos contra os cortes drásticos das despesas públicas.

 

 

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