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Seleção Francesa

Sarkozy convoca ministros para discutir fracasso no Mundial

A eliminação da França na primeira fase da Copa do Mundo não causou a indignação somente dos torcedores de futebol e dos patrocinadores. Os políticos franceses, e em primeiro lugar o presidente da República, querem saber quais foram as causas desse fiasco monumental, e pensam até em sanções contra os responsáveis.

Carlos Alberto Parreira, técnico da seleção sul-africana, e Raymond Domenech, técnico da seleção francesa, após o jogo de terça-feira.
Carlos Alberto Parreira, técnico da seleção sul-africana, e Raymond Domenech, técnico da seleção francesa, após o jogo de terça-feira. Reuters
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No final da tarde desta quarta-feira o presidente Nicolas Sarkozy se reuniu com o primeiro-ministro François Fillon, com a ministra da Saúde e do Esporte, Roselyne Bachelot, e com a secretária de Estado para o Esporte, Rama Yade. O objetivo da reunião era discutir as causas do fracasso dos "Bleus" na Copa do Mundo. Na quinta-feira de manhã será a ver do atacante Thierry Henry, que pediu para ser recebido no Palácio do Eliseu.

Segundo o porta-voz do governo, Luc Chatel, o Sarkozy já havia evocado durante o Conselho dos Ministros desta quarta-feira o vexame da seleção francesa na África do Sul. O presidente indicou que "deseja que as decisões sejam tomadas com calma". Todo esse esforço é para entender como a seleção da França chegou ao fundo do poço e como poderá se reerguer. O governo francês avalia que o resultado do time francês na África do Sul mostra uma equipe derrotada moralmente e fisicamente.

Dois deputados da UMP, o partido governista, pediram nesta quarta-feira a instauração de uma comissão de inquérito sobre o fiasco da seleção francesa que poderia prever sanções aos jogadores. A recusa do treinador Raymond Domenech em apertar a mão do brasileiro Carlos Alberto Parreira, técnico dos Bafana Bafana, "é apenas a continuação de uma aventura esportiva trágica, caracterizada pela mediocridade, pela presunção e pela falta de decência", avaliaram o vice-presidente da Assembléia francesa, Marc Le Fur, e o deputado Philippe Meunier.

A campanha pífia no Mundial teve um empate em zero a zero na estreia contra o Uruguai, uma derrota de dois a zero para o México e outra derrota na terça-feira por dois a um frente à anfitriã África do Sul. Muito criticado na entrevista coletiva após o último jogo, o técnico Raymond Domenech se esquivou das perguntas diretas sobre esse fracasso do time francês. Ele se contentou em desejar boa sorte ao seu sucessor, Laurent Blanc.

Na entrevista, Domenech também não quis comentar sobre a grosseria feita a Carlos Alberto Parreira. O treinador francês se recusou a apertar a mão do colega após o final da partida. No ano passado, Parreira teria criticado a classificação da França para a Copa com um gol ilegal e Domenech não se esqueceu desse fato.

A falta de elegância não foi perdoada pelos torcedores nem por ídolos do futebol. O ex-técnico francês Aimé Jacquet, que foi campeão em 1998, criticou o gesto e a desunião dos jogadores durante a Copa. No meio do fogo cruzado, o presidente da Federação de Futebol do país, Jean-Pierre Escalettes, disse que nao irá renunciar ao cargo.

 

 

 

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