Sarkozy declara guerra aos terroristas do ETA

Depois do primeiro assassinato de um policial francês pelo grupo separatista basco, o presidente Nicolas Sarkozy promete um combate acirrado contra os terroristas, com o apoio da Espanha.

Reuters

Nesta quinta-feira, o presidente Nicolas Sarkozy, fez uma das advertências mais sérias de um chefe de Estado francês ao grupo separatista basco ETA: "A França não servirá de base para terroristas e assassinos. Que o ETA saiba que a mobilização das forças policiais da República francesa será total e sem piedade", declarou Sarkozy.

O presidente falou à imprensa na cidade de Dammarie-les-Lys, a 50 km de Paris, depois da visita que fez à família do policial francês Jean-Serge Nerin, casado e pai de quatro filhos, morto por um membro do ETA na terça-feira, como foi confirmado.

O principal suspeito é o único ativista preso durante o tiroteio, o espanhol Joseba Fernandez Aspurz, de 27 anos. Ele já era acusado em seu país por atos de violência durante sua participação em ações de grupos separatistas bascos, entre março e setembro de 2008. Somente este membro do ETA foi detido e as autoridades francesas continuam à caça dos outros fugitivos, cerca de cinco pessoas, segundo a polícia.

Em 41 anos de luta armada, foi a primeira vez que um policial francês foi morto por um membro do grupo basco.

O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero, e o ministro do Interior, Alfredo Perez Rubalcaba, assistirão ao enterro do policial na próxima terça-feira.

Espanha e França já indicaram que pretendem reforçar os esforços na luta contra o terrorismo. Diversos membros do ETA circulam clandestinamente pelo território francês, provavelmente armados.