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Agricultores franceses tentam “expulsar” Macron de feira agropecuária e entram em confronto com a polícia

Dezenas de manifestantes invadiram o Salão da Agricultura, a principal feira agropecuária da França, e entraram em confronto com a polícia no sábado (24), em Paris. O presidente francês Emmanuel Macron tinha prevista uma visita e chegou cedo ao local para se reunir com sindicatos de agricultores, sob forte presença policial. A abertura ao público, marcada para as 9h, teve que ser adiada. Os manifestantes eram produtores rurais que afirmavam querer “expulsar” Macron do evento.

Agricultores entram em confronto com policiais na Feira Internacional de Agricultura (Salon International de l'Agriculture) enquanto o presidente francês Emmanuel Macron visita a exposição no dia de abertura em Paris, França, 24 de fevereiro de 2024.
Agricultores entram em confronto com policiais na Feira Internacional de Agricultura (Salon International de l'Agriculture) enquanto o presidente francês Emmanuel Macron visita a exposição no dia de abertura em Paris, França, 24 de fevereiro de 2024. via REUTERS - POOL
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A abertura da 60° edição do Salão Internacional da Agricultura da França foi marcada por confusão e tumultos. Quando Emmanuel Macron chegou ao parque de exposições de Paris, por volta das 8h da manhã, no sábado, manifestantes invadiram o local, antes da abertura oficial do evento.

Entre os manifestantes estavam representantes da Coordenação Rural, da Federação Nacional de Sindicatos de Produtores Agrícolas (FNSEA) e dos Jovens Agricultores. Os manifestantes procuraram o presidente nos corredores da exposição agropecuária e entraram em confronto com a polícia que tentou detê-los.

Um importante efetivo policial foi mobilizado dentro do recinto e os manifestantes foram contidos, mas continuaram gritando “Macron demissão” e “A caça ao Macron está aberta!”.

Em meio ao clima tenso, muitos jornalistas foram retirados do local

Tradicionalmente o presidente e outros políticos visitam o Salão da Agricultura e conversam com os produtores rurais presentes. A visita à feira costuma ser muito midiatizada e é um momento importante para medir o apoio ao governo. Após meses de protestos dos agricultores, a visita de Macron era muito esperada.  

Reunião improvisada de emergência

Acompanhado por Marc Fesneau, ministro da Agricultura, e Agnès Pannier-Runacher, ministra delegada da mesma pasta, o presidente improvisou uma reunião com agricultores e representantes sindicais, que durou cerca de duas horas. Ele pediu calma para que o salão pudesse abrir formalmente para receber visitantes.

O chefe de estado também fez um apelo ao apaziguamento. “É um momento de orgulho, de reconhecimento e por isso este espetáculo deve correr bem, com calma, para a agricultura francesa”, pediu. “Não responderemos a esta crise agrícola em poucas horas”, acrescentou.

Ele comentou as primeiras medidas que serão aplicadas para o setor agrícola, como reconhecer, na lei, a agricultura e a alimentação “como um grande interesse nacional” da França.

Emmanuel Macron também anunciou a realização de uma reunião com “todas as organizações sindicais” dentro de três semanas no Palácio do Eliseu, sede da presidência. “Devemos reconstruir a confiança”, insistiu o presidente.

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