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Em discurso aos franceses, Emmanuel Macron fala em regular o uso de telas para crianças e jovens

O presidente francês, Emmanuel Macron, falou à população na terça-feira (16) sobre as mudanças em seu governo e as perspectivas para os próximos anos de seu mandato. Em um discurso de quase 30 minutos, ao vivo, direto do Palácio do Eliseu, exibido em cadeia nacional à partir das 20h15 locais (16h15 em Brasília), o chefe de Estado destacou questões econômicas, sociais e climáticas que, segundo ele, serão as prioridades nesta fase de seu segundo mandato.

O presidente francês Emmanuel Macron participou de uma coletiva de imprensa no Palácio do Eliseu em 16 de janeiro de 2024.
O presidente francês Emmanuel Macron participou de uma coletiva de imprensa no Palácio do Eliseu em 16 de janeiro de 2024. AP - Aurelien Morissard
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Diante de centenas de jornalistas, o presidente da República falou em “relançar” o seu mandato, cinco dias após a nomeação do novo primeiro-ministro, Gabriel Attal, e a troca de vários representantes de ministérios. Em seu discurso, Macron mencionou as guerras que assolam a Europa e o Oriente Médio, mas preferiu focar seu discurso inicial na política interna, afirmando que responderia às perguntas dos jornalistas presentes sobre esses temas.

“Nosso país é ameaçado pelas tensões do mundo, mas estou convencido de que temos todos os ativos para sermos bem-sucedidos. Foi para enfrentar esse momento que decidi nomear um novo governo, o mais forte e mais jovem da 5ª República”, afirmou.

Citando temas como saúde, educação, emprego, energia e meio ambiente, o presidente francês falou ainda na responsabilidade dos pais em limitar o uso de telas por crianças e adolescentes com foco na melhor formação e integração social.

“Todo mundo vê que as crianças e adolescentes passam cada vez mais tempo diante das telas de telefones e computadores. Além disso, eu vejo as pesquisas que mostram os impactos disso. Muitos jovens só se informam pelas telas, o que dá espaço à pós-verdade, um perigo para a democracia e o risco do surgimento de uma geração de complotistas”, disse. 

Macron explicou que uma comissão cientifica foi criada para analisar esses riscos e a idade ideal para o uso dos telefones e computadores. O presidente lembrou ainda a proibição do uso de celulares nas escolas. Segundo ele, após o consenso científico haverá um debate público sobre o tema.

“Após seis anos e meio à frente dos franceses preciso dizer de onde viemos e para onde vamos”, disse ele, destacando que seu foco é proteger os franceses e ajudar a nação.

Veja abaixo os principais pontos do discurso de Macron:

Duplicação de horas de educação cívica a partir do 5º ano nas escolas.

Incentivo à arte e à cultura: teatro obrigatório a partir do próximo ano letivo.

Uniforme testado em 100 estabelecimentos este ano.

Generalização do uniforme possível a partir de 2026.

Aumento do salário dos professores.

Incentivo ao aumento da natalidade no país.

Implementação de uma nova licença maternidade, que será mais bem remunerada durante seis meses.

Plano de combate à infertilidade.

Luta contra o tráfico de drogas.

Luta contra o islamismo radical.

Adaptação de medidas sociais e fiscais para incentivar uma “dinâmica salarial”.

Simplificação de regras administrativas para liberar tempo dos médicos.

Regularização de médicos estrangeiros.

Funcionários públicos pagos “com base no mérito”.

Diminuição de impostos para a classe média.

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