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França poderá deixar de usar vacina de Oxford/AstraZeneca no segundo semestre

A ministra francesa encarregada da Indústria, Agnès Pannier-Runacher, declarou nesta sexta-feira (2) que a França pode deixar de utilizar a vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19. Segundo ela, o país ainda precisa do imunizante para acelerar a campanha de vacinação e vencer a terceira onda da doença que atinge a França. 

A ministra francesa encarregada da Indústria, Agnès Pannier-Runacher, declarou nesta sexta-feira que a França pode deixar de utilizar a vacina da AstraZeneca.
A ministra francesa encarregada da Indústria, Agnès Pannier-Runacher, declarou nesta sexta-feira que a França pode deixar de utilizar a vacina da AstraZeneca. REUTERS - RANEEN SAWAFTA
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A ministra reiterou, entretanto, que assim que as entregas de outras vacinas aumentarem, a partir do segundo semestre deste ano, o país poderá descartar o uso do produto. A França já tem mais de 10 milhões de pessoas vacinadas no país, 11,2% da população maior de 18 anos, anunciou nesta sexta-feira o ministro da Saúde, Olivier Véran. Mas apenas 2.653.261 receberam as duas doses necessárias. 

Segundo a ministra da Indústria, 1,4 milhão de doses do imunizante devem chegar nesta semana. "É uma vacina que tem seu mérito. Conservá-la é mais simples", declarou à emissora Radio Classique. Os produtos da PfizerBioNTech e da Moderna, que utilizma a tecnologia do RNA mensageiro, exigem temperaturas extremamente baixas para serem transportadas.

A França chegou a suspender o uso do imunizante da AstraZeneca durante alguns dias, após a notificação de casos trombose em vacinados mais jovens. Depois de investigar o incidente, a Agência Europeia de Medicamentos garantiu que ele é seguro, mas reservou o produto para maiores de 55 anos no país. Casos similares de problemas de coagulação foram registrados em diversos países europeus.

Nos Estados Unidos, Antony Fauci, principal conselheiro médico da Casa Branca durante a pandemia, declarou que o país talvez nunca usuará o imunizante, que ainda não foi aprovado pela FDA, a agência americana que autoriza o uso de medicamentos. O governo americano tem acesso a produtos de outros laboratórios, como Moderna, Pfizer/Biontech e Johnson & Johnson.

Austrália também investiga casos

As autoridades australianas anunciaram nesta sexta-feira (2) a abertura de uma investigação sobre o aparecimento de tromboses em pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca. De acordo com a imprensa do país, um homem de 44 anos foi hospitalizado em Melbourne alguns dias depois de ter tomado uma dose do imunizante britânico.

(Com informações da AFP)

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