Finlândia: professor convenceu atirador de 12 anos a interromper ataque a escola, diz imprensa local
O adolescente de 12 anos que atacou uma escola na Finlândia na semana passada, deixando um aluno morto e outros dois feridos, foi convencido por um de seus professores a abandonar o local do crime. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (8) por jornais locais com base nas investigações da polícia finlandesa.
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“De acordo com a investigação, os funcionários da escola agiram de forma exemplar e responsável no momento do incidente”, afirmou Marko Särkkä, inspetor-chefe do departamento de polícia.
O ataque ocorreu na escola Viertola, em Vantaa, cidade da região metropolitana da capital Helsinque. O atirador invadiu o estabelecimento na manhã da última terça-feira (2).
As vítimas também tinham 12 anos e estudavam na mesma turma que o atirador. Um dos alunos morreu no hospital. Outros dois permanecem hospitalizadas, um deles em estado crítico.
De acordo com jornais finlandeses, um dos professores teria convencido o atirador a ir embora após ter iniciado o ataque.
“Segundo nossas informações, um dos membros da equipe fez algum tipo de contato com o suspeito e conseguiu convencê-lo a sair do prédio [...] A atitude foi exemplar no sentido de que as ações do suspeito foram influenciadas naquela situação”, disse o inspetor de polícia ao jornal Iltalehti.
O adolescente foi detido momentos depois em um bairro ao norte de Helsinque. Segundo a polícia, ele confessou ser o autor do ataque. Um inquérito sobre assassinato e tentativa de assassinato foi aberto.
“Entrevistas realizadas no fim de semana revelaram que após o incidente o suspeito escolheu seu percurso de forma aleatória [ao sair do local]. De acordo com as informações atuais, não se acredita que ele tenha ameaçado ninguém com a arma depois de deixar a escola de Viertola”, concluiu Särkkä.
Origem da arma e motivação
As novas informações são fruto do trabalho realizado pelos investigadores finlandeses nos últimos dias, com um novo interrogatório do suspeito. Segundo a polícia, a arma utilizada no crime pertencia a um membro da família do adolescente.
“A arma utilizada pelo suspeito pertence a um familiar próximo [...] ela estava guardada de maneira adequada. O suspeito tomou posse da arma sem permissão”, explicou o inspetor-chefe Marko Särkkä.
A investigação apontou também de forma preliminar que o ataque teria sido motivado por bullying. No entanto, os investigadores tentam esclarecer melhor esta questão.
“O bullying, motivo apresentado anteriormente, é uma experiência muito subjetiva e pessoal. A polícia ainda está trabalhando intensamente para descobrir o motivo do incidente”, informou um comunicado no site oficial da polícia finlandesa.
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