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Em Roma, Macron diz que a paz não pode ser a lei do mais forte

O presidente francês Emmanuel Macron falou neste domingo (23), em Roma, na abertura de um encontro internacional pela paz organizado pela comunidade católica de Sant'Egidio, antes de um encontro previsto para a noite com a nova premiê italiana Giorgia Meloni. 

Em Roma, Emmanuel Macron disse que é preciso ter "coragem" para "querer a paz". 23 de outubro de 2022.
Em Roma, Emmanuel Macron disse que é preciso ter "coragem" para "querer a paz". 23 de outubro de 2022. AP - Alessandra Tarantino
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“Em algum momento, dependendo de como as coisas se desenvolverem e quando o povo ucraniano e seus líderes decidirem, nos termos que decidirem, a paz será construída com o outro, que é o inimigo de hoje, em torno de uma mesa', disse Emmanuel Macron durante um discurso na abertura da cúpula internacional pela paz organizada pela comunidade católica italiana Sant'Egidio.

“A paz não pode ser a lei do mais forte”, insistiu o presidente francês. “Os ucranianos estão lutando para salvar sua liberdade”, lembrou. “A paz é possível, mas quando os ucranianos a decidirem e quando ela respeitar esta dignidade e esta soberania”.

Ao mesmo tempo em que apoia a Ucrânia diplomática e militarmente, o chefe de Estado francês assumiu desde o início do conflito ucraniano em fevereiro continuar a falar com o seu homólogo russo Vladimir Putin, ao contrário de outros líderes ocidentais e em particular do presidente americano, Joe Biden.

Ele novamente pediu, na sexta-feira em Bruxelas, que Kiev e Moscou retornem “ao redor da mesa” quando for “aceitável” para o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky – mas também “o mais rápido possível”.

Esta posição foi algumas vezes criticada e Emmanuel Macron aproveitou seu discurso no domingo para justificá-lo diante de centenas de líderes políticos e religiosos de todo o mundo reunidos para este fórum de três dias.

Macron insistiu na necessidade de ter "coragem" para "querer a paz", mesmo que "imaginar a paz em tempos de guerra" seja "o maior do impensável".

Apelo ao universalismo

Em um apelo ao "universalismo", Emmanuel Macron, que se apresentou como "o presidente de uma República laica que tem uma história às vezes complexa com as religiões", disse que as religiões podem alimentar o multilateralismo. “Eles ajudam a construir o tecido das nossas sociedades, a estabelecer relações entre os indivíduos”, argumentou.

O chefe de Estado francês chegou a Roma na tarde deste domingo (23), onde será recebido na manhã desta segunda-feira (24) pelo Papa Francisco para uma audiência privada no Vaticano, a terceira entre os dois homens desde a eleição de Emmanuel Macron em 2017. No fim de seu discurso, ele revelou que vai presentear o pontífice com uma edição do "Projeto de Paz Perpétua", do filósofo alemão Immanuel Kant.

(Com AFP)

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