Alta dos preços contrai atividade econômica na zona do euro
A atividade na zona do euro contraiu em julho, de acordo com um indicador-chave publicado nesta sexta-feira (22), que mostra uma queda significativa no setor manufatureiro e nos gastos do consumidor devido à alta dos preços.
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O Índice de Gerentes de Compra (PMI) caiu para 49,4, atingindo um mínimo em 17 meses, contra 52 em junho e 54,8 em maio. Quando esse marcador ultrapassa 50, indica um aumento da atividade, enquanto um número menor indica uma contração.
"Se os períodos de lockdown forem excluídos, é a primeira vez que vemos uma queda na atividade global desde junho de 2013 (...) e a perspectiva de 12 meses para a atividade caiu para um dos níveis mais baixos dos últimos dez anos", destacou Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global.
A contração da atividade na zona do euro em julho corresponde a uma queda do PIB trimestral de cerca de 0,1%, "ou seja, uma contração que é marginal, mas tendo em conta a queda acentuada dos pedidos (...) e o rebaixamento das perspectivas, deve acelerar nos próximos meses", alertou a S&P Global.
No dia 14 de julho, a Comissão Europeia reduziu nesta quinta-feira de 2,7% para 2,6% a expectativa de crescimento econômico em 2022 na zona do euro, ao mesmo tempo que elevou de 6,1% para 7,6% a previsão de inflação anual, devido ao forte impacto da guerra na Ucrânia.
Expectativas diminuem para 2023
Nas previsões econômicas de verão (hemisfério norte, inverno no Brasil), a Comissão também diminuiu as expectativas para 2023 - com uma previsão de crescimento de 1,4% e uma inflação de 4% - e advertiu que a situação pode ficar ainda mais grave em caso de interrupção do fornecimento de gás russo.
Para a União Europeia (UE) em geral (incluindo os oito países do bloco que não adotam a moeda comum), a Comissão prevê para este ano um crescimento de 2,7%, o mesmo resultado das previsões de maio.
Entre as principais economias da Eurozona, a Comissão voltou a reduzir a expectativa de crescimento da Alemanha em 2022, de 1,6% nas projeções de maio para 1,4%.
(Com informações da AFP)
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