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Ucrânia: ataque deixa mortos em Lviv, cidade perto da fronteira com a Polônia

Ao menos sete pessoas morreram e 11 ficaram feridas em “potentes” ataques russos nesta segunda-feira (18) em Lviv, no oeste da Ucrânia. A cidade tinha sido relativamente poupada desde o início dos combates.

Fumaça no céu de Lviv após bombardeios russos, em 18 de abril de 2022.
Fumaça no céu de Lviv após bombardeios russos, em 18 de abril de 2022. REUTERS - STRINGER
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“Cinco potentes bombardeios com mísseis [foram registrados] em uma infraestrutura civil da cidade velha europeia de Lviv”, anunciou no Twitter Mikhailo Podoliak, conselheiro do presidente ucraniano  Volodymyr Zelensky.

O governador da região, Maksym Kozitsky, mencionou quatro explosões causadas por mísseis disparados do Mar Cáspio. Três caíram em infraestruturas militares e outra em uma garagem, causando incêndios. Todos os alvos foram “gravemente danificados”, de acordo com Kozitsky.

“Até agora, sete pessoas morreram”, acrescentou o governador, mencionando “11 feridos, entre eles uma criança”, e precisando que três estão em “estado grave”.

Na garagem, que fica a quatro quilômetros do centro da cidade, jornalistas da AFP viram um prédio em chamas e carcaças de veículos dentro de uma cratera, perto de uma via férrea.

Pouco depois das explosões, moradores do sudoeste de Lviv viram uma cortina de fumaça cinza aparecer atrás de prédios residenciais.

Andrii, um morador de 21 anos, disse ter ouvido sirenes antibombardeio por volta das 8 horas da manhã. “Eu dormi durante as três primeiras explosões, mas na última, parecia que os vidros iam explodir. E os móveis se moveram”, contou o jovem.

Responsáveis pela rede ferroviária ucraniana indicaram no Telegram que “mísseis caíram próximo a instalações ferroviárias”, sem deixar vítimas e impedir a circulação.

“Vamos reparar a infraestrutura danificada. A malha ferroviária continua a funcionar”, afirmou o presidente do conselho de administração da companhia, Alexandre Kamychine, que publicou uma foto de casas em chamas nas proximidades de trilhos.

“Os russos continuam a atacar de maneira bárbara as cidades ucranianas pelos ares, declarando cinicamente ao mundo inteiro o ‘direito’ de matar os ucranianos”, disse Podoliak.

Cidade poupada

Nas proximidades da fronteira polonesa, Lviv se transformou em uma cidade refúgio para as pessoas que tentam escapar da guerra e acolheu, no começo da invasão russa, embaixadas ocidentais transferidas de Kiev, além de organizações humanitários e jornalistas ocidentais.

Situada longe do fronte, Lviv, como boa parte do oeste da Ucrânia, foram raramente alvos de bombardeios desde o começo da invasão russa em 24 de fevereiro.

Mas em 26 de março, ataques de Moscou atingiram um depósito de combustível e deixaram cinco pessoas feridas, de acordo com autoridades locais. A cidade também foi alvo em 18 de março de um bombardeio em uma fábrica de reparação de aviões, próxima do aeroporto, sem deixar vítimas.  

Em 13 de março, mísseis de cruzeiro russos também atingiram uma importante base militar a 40 km ao norte da cidade, deixando 35 mortos e 134 feridos.

(Com informações da AFP)

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