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União Europeia condena ordem russa de fechamento da Deutsche Welle em Moscou

A União Europeia condenou nesta sexta-feira (4) a ordem russa de fechamento do escritório da emissora alemã Deutsche Welle em Moscou e classificou a atitude como “inaceitável”. Os programas da televisão alemã foram proibidos em território russo como retaliação ao fim da transmissão do canal público russo RT na Alemanha.

O canal de televisão e rádio alemão Deutsche Welle foi proibido de atuar na Rússia.
O canal de televisão e rádio alemão Deutsche Welle foi proibido de atuar na Rússia. Yuri Kadobnov AFP
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A decisão "ilustra, lamentavelmente, a violação contínua da liberdade dos veículos de comunicação e o desprezo pela independência da imprensa" na Rússia, afirmou o porta-voz da diplomacia do bloco, Peter Stano.

Na quinta, a Rússia deu ordem para fechar o escritório local da televisão e da rádio alemã em sua capital. O ministério também abriu um processo para reconhecer a Deutsche Welle como "agente estrangeiro", uma classificação controversa que já foi aplicada a vários veículos russos críticos ao governo.

A Deutsche Welle é o primeiro grande meio de comunicação internacional que tem seus serviços suspensos na Rússia na era pós-soviética, em um contexto de tensão entre os países europeus e os Estados Unidos e o governo de Vladimir Putin.

A decisão foi tomada, segundo o ministério russo de Relações Exteriores, como represália à interrupção dos serviços do canal público russo RT na Alemanha. Como acontece em outros lugares do mundo, a televisão RT transmitia programas em alemão no país europeu.

No entanto, o porta-voz europeu afirmou que as duas situações não são comparáveis. Segundo Stano, a proibição da RT na Alemanha aconteceu porque o canal não tinha uma licença válida de transmissão e isto "não tem nenhuma relação com o trabalho da Deutsche Welle na Rússia".

O presidente da Deutsche Welle em Berlim, Peter Limbourg, classificou as medidas contra sua emissora como "incompreensíveis e excessivas".

Cerco contra a imprensa

Ao longo de 30 anos, o Kremlin permitiu o trabalho da imprensa estrangeira sem ataques. No entanto, desde a chegada de Putin ao poder, em 2000, o governo russo passou a atacar a imprensa nacional, assumindo progressivamente o controle do setor russo de comunicação.

Nos últimos anos, conforme as relações de Moscou com os países da Europa piorava, a imprensa estrangeira passou também a ser alvo do governo. Em 2021, um jornalista da rede britânica BBC e um repórter holandês foram expulsos.

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