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Ômicron gera adiamentos de viagens e Lufthansa cancela 10% dos voos no inverno

Com as restrições de circulação nas fronteiras europeias, o setor aéreo do continente volta a sofrer o impacto da epidemia, que piora com a explosão de casos provocados pela variante ômicron. 

Lufthansa vai cancelar 10% dos voos neste inverno.
Lufthansa vai cancelar 10% dos voos neste inverno. Christof Stache AFP/Archivos
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De acordo com o CEO da companhia aérea alemã Lufthansa, Carsten Spohr, a empresa cancelará o equivalente a 33 mil voos durante o inverno. "Observamos uma queda nas reservas entre janeiro e fevereiro", declarou, em entrevista ao jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung. A propagação da variante ômicron é apontada como a principal razão dos cancelamentos. 

De acordo com o executivo, as regras estabelecidas pela União Europeia para as decolagens e aterrissagens, que incluem o pagamento de taxas em horários específicos, não estão adaptadas ao período pandêmico. 

A Alemanha, que enfrenta sua quarta onda epidêmica, é um dos países europeus mais atingidos pela ômicron
A Alemanha, que enfrenta sua quarta onda epidêmica, é um dos países europeus mais atingidos pela ômicron AFP - INA FASSBENDER

Segundo ele, a queda da demanda em janeiro levaria a companhia a cancelar mais voos, mas a Lufthansa deverá efetuar "18 mil trajetos inúteis neste inverno" para garantir o espaço nos aeroportos no horários normalmente utilizados pelas suas aeronaves. Ele criticou a política europeia, que, segundo ele, também prejudica o meio ambiente por obrigar as companhias a voar com aviões vazios.

 

Um porta-voz da empresa também informou nesta quinta-feira que várias viagens intercontinentais foram canceladas por falta de pilotos. Muitos deles adoeceram - apesar do vínculo com a Covid-19 ainda não ter sido oficialmente estabelecido. 

As restrições entre as fronteiras provocaram diversos cancelamentos de viagens
As restrições entre as fronteiras provocaram diversos cancelamentos de viagens REUTERS/Kai Pfaffenbach

Setor pode voltar a sofrer forte queda em 2022

A companhia aerea escandinava SAS também anunciou nesta quarta-feira (22) o cancelamento de uma dezena de voos internacionais saindo de Estocolmo.

Muitos assalariados contraíram a Covid-19 e estão ausentes, ou estiveram em contato com doentes e seguem recomendações sanitárias. A Ryanair, uma das maiores companhias aéreas europeias, também alertou que sua perda anual, motivada pelo impacto da nova variante, mais contagiosa, seria o dobro do esperado. 

A associação dos aeroportos europeus ACI Europe estimou, nesta quinta-feira (23), que o tráfego de passageiros sofreu uma queda de 20% a partir de 24 de novembro, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS), identificou a nova cepa na África do Sul. O ano de 2022 se anuncia, desta forma, difícil para um setor que enfrentou sua pior crise nos últimos dois anos.

Segundo o organismo Eurocontrol, que controla movimento aéreo no continente europeu, no dia 19 de dezembro a circulação atingiu 76,3% do tráfego de 2019. As consequências da ômicron no setor, segundo a Eurocontrol, "ainda não estão claras."

(Com informações da AFP)

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