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Alemanha

Cerca de 90% dos alemães querem que governo expulse mais migrantes

De acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (15) pelo canal público alemão ARD, quase 90% da população na Alemanha quer que as expulsões de migrantes ilegais aumentem no país. As opiniões vêm à tona em um momento em que a direita conservadora não poupa críticas à política da chanceler Angela Merkel.

Migrantes da Eritreia são encaminhados para um centro de refugiados em Erding, perto de Munique, Alemanha, 15 de novembro de 2016.
Migrantes da Eritreia são encaminhados para um centro de refugiados em Erding, perto de Munique, Alemanha, 15 de novembro de 2016. REUTERS/Michael Dalder
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Segundo a pesquisa, 86% dos entrevistados querem um processo mais agilizado para a expulsão dos migrantes que não receberam asilo no país. Além disso, 62% das pessoas interrogadas consideram que os estrangeiros que chegam às fronteiras da Alemanha sem documentos devem ter sua entrada automaticamente proibida.

O futuro político de Angela Merkel estava em jogo esta semana com a rebelião da ala mais à direita de seu governo contra a política migratória. A chanceler enfrenta em particular a posição do ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, que deseja expulsar os migrantes que chegam à Alemanha depois de terem sido registrados por outro país na base de dados da União Europeia.

Mas o governo da chanceler alemã, que recebeu mais de um milhão de migrantes em 2015-2016, rejeita a expulsão em nome do direito e dos princípios de solidariedade europeus.

Games of Thrones

Na próxima segunda-feira (18), a CSU, partido de Seehofer, que é aliado do partido de Merkel, a CDU, deve decidir se o ministro deve impor a decisão por decreto. Para a mídia alemã, o presidente da Câmara Baixa do Parlamento, Wolfgang Schäuble, deveria tentar negociar uma saída para a crise a fim de evitar uma eventual queda do governo Merkel.

Depois das eleições legislativas do mês de setembro, marcadas pelos resultados históricos da extrema-direita, a líder alemã levou seis meses para formar uma frágil coalizão entre a CDU, a CSU e os sociais-democratas do SPD. O vice-chanceler alemão, Olaf Scholz, fez um apelo pelo fim do conflito no governo nesta sexta-feira: "a tarefa de governar nosso país não é um novo episódio do Games of Thrones, mas uma missão bem real", tuitou.

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