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Racismo

Carta com pó branco enviada à noiva de príncipe Harry é "crime de ódio racial", diz Scotland Yard

A Scotland Yard investiga o que considerou um ataque racista contra Meghan Markle, futura esposa do príncipe Harry. A atriz americana, cuja mãe tem origens africanas, recebeu uma carta com pó branco, simulando envio de antraz, revelou na quinta-feira (22) o jornal britânico Evening Standard

O príncipe Harry e a atriz americana Meghan Markle, em foto de arquivo.
O príncipe Harry e a atriz americana Meghan Markle, em foto de arquivo. REUTERS/Andrew Milligan
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De acordo com o Evening Standard, a Scotland Yard abriu uma investigação para averiguar o que considera uma "crime de ódio racial". No entanto, os investigadores já anunciaram que a substância encontrada dentro do envelope é inofensiva.

A carta, enviada ao Palácio de St James, no centro de Londres, era endereçada à Meghan Markle e ao príncipe Harry. Dentro do envelope, recebido no último 12 de fevereiro, também haveria uma nota com ofensas racistas. 

Especialistas em terrorismo da Scotland Yard foram mobilizados para determinar quem é o autor do ataque. A polícia também investiga se a carta tem relação com um envelope enviado ao Parlamento britânico em 13 de fevereiro, que também continha pó branco. 

Segundo os investigadores, nem a atriz, nem o príncipe chegaram a abrir a carta, mas foram informados sobre o caso. O serviço de imprensa da família real britânica não se pronunciou sobre a agressão até o momento. 

Mãe negra, pai branco

Meghan Markle, de 37 anos, nasceu em Los Angeles. Ela é filha de Doria Loyce Ragland, americana, assistente social e professora de ioga, de origem africana, e de Thomas Markle, também americano, diretor de fotografia, de origem holandesa e irlandesa. A atriz diz ter sido frequentemente alvo de comentários racistas quando pequena. Frequentemente lhe perguntavam se Doria, que tem a pele mais escura do que a filha, era sua mãe biológica.

Essa também não é a primeira vez que Meghan Markle é alvo de um ataque racista no Reino Unido, desde que o noivado com príncipe Harry foi anunciado. Em janeiro, Henry Bolton, então chefe do partido eurocético britânico Ukip, foi obrigado a renunciar, depois da divulgação de um SMS de sua namorada, afirmando que a futura união da atriz americana com o príncipe britânico vai "estragar a família real". "Depois teremos um primeiro-ministro muçulmano. E um rei negro", diz a mensagem que causou escândalo no país.

O casamento de Meghan Markle com Harry está marcado para 19 de maio no castelo de Windsor, oeste de Londres. 
 

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