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Catalunha

Puigdemont pede unidade aos independentistas para eleições em dezembro

O presidente destituído da Catalunha, Carles Puigdemont, pediu neste sábado (4) que os partidos independentistas formem uma lista única para as eleições regionais de 21 de dezembro, uma ideia que encontra resistência de alguns setores importantes.

Puigdemont em entrevista para a TV belga.
Puigdemont em entrevista para a TV belga. RTBF Television via REUTERS
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"É o momento certo para que todos os democratas se unam. Pela Catalunha, pela liberdade dos presos políticos e pela República", escreveu Puigdemont no Twitter, um dia depois de mudar de opinião e afirmar que estava disposto a ser candidato nas eleições.

A mensagem acaba com um link para um manifesto que pede a lista única e já foi assinado por mais de 4.000 pessoas. O texto afirma que as eleições representam uma "oportunidade para derrotar o unionismo".

Puigdemont, procurado pela justiça espanhola, apresentando-se na Bélgica como o legítimo presidente catalão no exílio, pertence ao PDeCAT (Partido Democrático Europeu da Catalunha). Governando a Catalunha sob a sigla CiU (Convergência e União) durante grande parte da era democrática moderna, o PDeCAT, sozinho, aparece nas pesquisas como o quarto ou quinto partido para as eleições de 21 de dezembro.

O racha entre os independentistas

Mais recentemente, o PDeCAT integrou com a ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) a coalizão independentista 'Junts pel Sí' (Unidos pelo Sim), que governou a Catalunha de 2015 até a destituição do governo em 27 de outubro.

A ERC é a favorita nas pesquisas para vencer as eleições. Seu líder, Oriol Junqueras, vice-presidente catalão destituído e em prisão provisória, pediu na sexta-feira que os partidos independentistas concorram de modo separado.

"Que cada partido se esforce para obter o melhor resultado possível e que a unidade de ação e uma estratégia compartilhada seja aquilo que nos une, com respeito a todas as sensibilidades", escreveu Junqueras no jornal catalão Ara.

A ERC se reunirá nas próximas horas e poderá esclarecer, definitivamente, sua posição, levando em consideração que a vontade de Puigdemont de disputar as eleições pode ter mudado a opinião dos seus correligionários.

Os partidos independentistas aceitaram participar nas eleições regionais, apesar da convocação ter sido feita pelo governo central do primeiro-ministro Mariano Rajoy para "restaurar a ordem constitucional", após a proclamação da independência catalã em 27 de outubro, rejeitada pela Espanha.

(Com agência AFP)

 

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