Grécia vive 24 horas de greve geral e protestos contra a austeridade
Uma greve geral de 24 horas começou nesta quarta-feira (17) na Grécia contra as novas medidas de austeridade exigidas pelos credores do país, debatidas no Parlamento. Cerca de 15 mil pessoas participaram do cortejo em Atenas.
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Os manifestantes percorreram as ruas da capital e alguns confrontos foram registrados no início da tarde na praça Syntagma, quando jovens lançavam coquetéis contra a polícia, que revidou com bombas de gás lacrimogêneo.
A greve, convocada pelos sindicatos do setor público e privado, afeta sobretudo os transportes. As conexões marítimas com as ilhas foram interrompidas desde a terça-feira. Muitos voos, principalmente domésticos, foram cancelados, enquanto que as rotas internacionais tiveram que reprogramar seus horários devido a uma paralisação dos controladores aéreos.
As manifestações, convocadas pelos sindicatos do setor privado, GSEE, e do público, Adedy, começaram no centro de Atenas no final da manhã. "Queremos enviar uma mensagem ao Governo, à União Europeia (UE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Não vamos deixá-los destroçar nossas vidas", disse aos jornalistas Alekos Perrakis, membro do sindicato próximo aos comunistas, Pame.
Os sindicatos protestam contra mais um pacote de medidas de austeridade, imposto pelo FMI e pela UE, uma condição para desbloquear o pagamento de uma nova parcela de empréstimos internacionais. Atenas precisa dessa ajuda para honrar seus compromissos antes de julho.
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