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Apesar do Brexit

Alemanha cresce mais do que o previsto e França segue gerando empregos

Ainda sem refletir o impacto do Brexit, as duas principais economias da Zona do Euro divulgaram nesta sexta-feira (12) bons índices relativos ao segundo trimestre. A Alemanha obteve crescimento econômico superior às previsões, e a França, mesmo sem a nova lei trabalhista em vigor, teve seu quinto período seguido de geração de empregos.

Atividade na Bolsa de Valores de Frankfurt nesta sexta-feira.
Atividade na Bolsa de Valores de Frankfurt nesta sexta-feira. REUTERS/Staff/Remote
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Principal preocupação dos franceses, o índice de desemprego completa 15 meses de recuo, ainda que sempre modesto, com a geração de 24 mil postos de trabalho entre abril e junho – uma alta de 0,2%. Diante do desemprego crônico ao redor de 10% vivido pelo país já há alguns anos, o fato de não haver fechamento de vagas por tanto tempo já é celebrado.

As disposições da nova Lei Trabalhista recém-aprovada pela Assembleia francesa ainda precisam de regulamentações, o que o governo promete providenciar até o mês de outubro. Segundo uma análise da OCDE, a nova regra que facilita demissões tende a ter um impacto positivo na quantidade de empregos, o que teria acontecido na Espanha e na Itália após a aprovação de leis parecidas.

Na Alemanha, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 0,4% entre abril e junho, o dobro da estimativa média dos especialistas. Os analistas estabeleceram de imediato projeções tranquilizadoras para o resto do ano, estimando crescimento de 1,8% a 1,9% em 2016.

O Commerzbank reajustou para cima sua previsão de aumento do PIB a 1,8%, frente a 1,5% em sua previsão anterior. O governo e o Bundesbank (banco central) acreditam que o crescimento será de 1,7%, depois de 1,5% registrado em 2015.

Brexit

O ano começou a todo vapor, com um crescimento de 0,7% no primeiro trimestre, graças a condições meteorológicas clementes. É esperada, em consequência, uma perda de ritmo, mas esta foi temperada, entre outras coisas, pelo dinamismo do comércio exterior.

Os gastos dos particulares e o gasto público também contribuíram para o crescimento do segundo trimestre. O consumo se viu favorecido pela vitalidade do mercado de trabalho, com o menor índice de desemprego últimos 25 anos, e pela alta dos salários, com preços estáveis.

O terceiro trimestre teve início depois do referendo de 23 de agosto no Reino Unido, que aprovou a saída desse país da União Europeia (UE). Os analistas alertam que o impacto dessa decisão e o processo de ruptura que se inicia afetarão o crescimento, mas que a economia alemã saberá enfrentar o temporal.

 

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